Homenagem

Chico Science é o nome da nova espécie de camarão descoberta no litoral pernambucano

Pesquisa indica que podem haver mais espécies dentro desse gênero encontrado

JC
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Publicado em 15/10/2020 às 15:26 | Atualizado em 04/11/2020 às 10:13
Foto: Divulgação
Nova espécie de camarão foi encontrada no Porto de Suape e na Praia de Carneiros - FOTO: Foto: Divulgação

Mesmo morto há 23 anos, o cantor Chico Science não para de ganhar homenagens dos fãs. Desta vez, uma nova espécie de camarão descoberta no Litoral Sul de Pernambuco ganhou o nome de "Chicosciencea pernambucensis". 

A descoberta foi feita pelo Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e foi divulgada em um artigo científico da Universidade de Oxford, no último mês de setembro.

O estudo foi um trabalho de pós-doutorado do pesquisador Gabriel Lucas Bochini, com bolsa oferecida pela Facepe e pelo CNPq. A pesquisa contou com a colaboração de Andressa Cunha e Alexandre Oliveira, ambos da UFPE, e Mariana Terossi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Os camarões foram capturados por armadilhas feitas nas praias de Carneiros e Suape, cada animal tem cerca de 1 cm.

Para que os animais fossem  examinados, foi retirado um tecido do abdome do camarão e mandado para o  Laboratório de Carcinologia da UFRGS. Depois de examinado, o resultado mostrou que o animal além de ser uma nova espécie, possui características que o diferenciam dos outros animais da espécie infraordem Stenopodidea. Segundo a professora Mariana Terossi, foi descoberto que o camarão inseria-se, também, em “um novo grau de classificação acima da ‘espécie’, que pode ser formado por uma ou mais delas, desde que se compartilhe características básicas entre ambas".

O primeiro nome do camarão “Chicosciencea” identifica em relação ao gênero, enquanto o segundo nome, “Pernambucensis”, se refere à espécie do mesmo. Existe ainda a possibilidade de haver mais “Chicosciencea” dentro do gênero descoberto. “Por enquanto, só temos as informações mais básicas sobre ela: sua existência e que ela pode ocorrer em diversas partes do mar do Nordeste brasileiro", disse o pesquisador Alexandre Oliveira.

Os estudos foram feitos antes do vazamento de óleo que afetaram várias espécies marítimas. Novas pesquisas serão feitas para estudar os pequenos camarões e ver como anda o desenvolvimento deles, e se há novas espécies do gênero.

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