EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Projetos de alunos do Senai Pernambuco participam do evento nacional Semana Senai de Inovação

O desafio é realizado nacionalmente, a cada dois anos, onde estudantes desenvolvem habilidades como a capacidade empreendedora, a criatividade e a cultura de inovação

JC
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Publicado em 18/11/2020 às 21:42 | Atualizado em 18/11/2020 às 21:45
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Alunas do Senai Paulista desenvolveram leite em pó a base de semente de melão. - FOTO: DIVULGAÇÃO

Três projetos desenvolvidos em Pernambuco foram selecionados para a fase final do Inova Senai, um desafio realizado nacionalmente, a cada dois anos, onde estudantes desenvolvem habilidades como a capacidade empreendedora, a criatividade e a cultura de inovação. Ao mesmo tempo, estudantes do Senai participarão do Grand Prix Senai de Inovação. Os eventos acontecem entre os dias 24 e 27 de novembro e fazem parte da Semana Senai de Inovação, um projeto de abrangência nacional. 

O objetivo é que as equipes participem de todas as etapas de desenvolvimento de negócios inovadores - da concepção até a negociação com possíveis investidores e clientes. Ao todo, 80 projetos de todo o País irão participar da fase nacional. Todas as equipes irão participar de rodadas on-line de negócios e avaliação, durante a qual empresários e especialistas técnicos avaliarão as soluções desenvolvidas.  Os três melhores projetos serão premiados. 

Paralelamente, no Grand Prix Senai de Inovação, dez alunos participarão de uma verdadeira maratona, durante os quatro dias da etapa nacional. Pernambuco seguirá para esta fase da disputa com as duas escuderias vencedoras da etapa estadual do campeonato, formadas por alunos das escolas técnicas localizadas em Paulista e em Jaboatão. As atividades ocorrerão na Casa da Indústria, no bairro de Santo Amaro. Na terça-feira (24), primeiro dia da competição, às 11h15, os estudantes receberão um desafio relacionado à uma necessidade real do setor produtivo brasileiro e terão 16 horas para desenvolver uma solução para o problema. Ao fim da disputa, na sexta-feira (27), eles deverão apresentar à banca um produto mínimo viável, um protótipo simples da solução idealizada.

As estudantes do curso Técnico em Química Larissa Rodrigues e Erika Renata, sob a orientação da docente Carolina Melo, desenvolveram o Milon - um leite em pó a base de sementes de melão. Este projeto nasceu a partir da necessidade de uma indústria pernambucana de reaproveitar sementes de frutas. Embora já existam leites vegetais, a inovação aqui é a apresentação do produto em pó, que pode ser obtido a partir das técnicas de liofilização, que foi testada pelas estudantes no laboratório do Senai Paulista, ou spray-dryer, já utilizada pela indústria na transformação do leite em pó de origem animal. Saudável e nutritivo, o produto vem sendo desenvolvido desde 2019 e é uma opção viável para pessoas com intolerância à lactose ou veganas.

Já no Senai Areias, Jhonata Araújo, Davi de Paula e João Thomás Ramos desenvolveram o Siscor - Sistema Automatizado de Coleta de Resíduos. Orientados pelo docente Mychael Valença, os estudantes dos cursos técnicos em Automação e em Eletrotécnica desenvolveram um equipamento inteligente, que recebe e prensa latinhas de alumínio, gerando créditos em moedas virtuais para o consumidor que realizar o depósito, que poderão ser transferidas para carteira virtual, para troca de itens, e até mesmo para contas bancárias. O maquinário e o sistema foram desenvolvidos pela equipe nos laboratórios da instituição. A ideia é minimizar os custos com a aquisição de matérias-primas para as indústrias e estimular a reciclagem de resíduos sólidos.

No Senai Petrolina, no Sertão de Pernambuco, as estudantes do curso Técnico em Alimentos Alice Novaes e Vitória Morganna desenvolveram um picles a partir do mesocarpo do maracujá - uma forma de reaproveitar as partes não comestíveis da matéria-prima, que eram descartadas pelas indústrias. Após passar por diversos processos, como lavagem, corte e branqueamento, o produto é acondicionado em potes de vidros e recebe a salmoura - uma mistura bem dimensionada de água, açúcar, sal e vinagre, capaz de oferecer o tradicional gosto de picles ao produto. Batizado de ConservaJá, o produto é saboroso, nutritivo e tem custo acessível, podendo chegar ao consumidor final pelo valor de R$ 1,50. As alunas receberam orientação das docentes Bruna Nascimento e Annielly Trindade.

 

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