O Instituto Hippocampus constatou, durante a primeira etapa da pesquisa que está sendo realizada em águas do Complexo Industrial Portuário de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco, a presença de cavalos-marinhos. O monitoramento é feito por meio de convênio firmado, em novembro deste ano, entre Suape e a entidade sem fins lucrativos. De acordo com o Hippocampus, que atua há mais de 25 anos na preservação da espécie, a presença dos cavalos-marinhos seria um indicativo da boa qualidade da água e equilíbrio das espécies locais.
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O monitoramento está sendo realizado nos estuários dos rios Tatuoca, Massangana, Ipojuca, Merepe e na área do Porto Externo de Suape, todos no Grande Recife. Além de mergulhos para pesquisa nesses pontos, também é feito o acompanhamento da atividade pesqueira no ambiente, para observar se existe captura acidental dos animais. Segundo o Instituto, desde o início das atividades da entidade no local, já nasceram mais de 8.900 cavalos-marinhos em Suape. Todos devolvidos aos locais de origem de seus pais, na Praia de Maracaípe, município de Ipojuca, no Litoral Sul.
O contrato firmado prevê atividades de educação ambiental, a partir de encontros mensais com pescadores de Suape, com o intuito de sensibilizá-los sobre a importância do animal para o bioma marinho. A captura acidental é apontada pelo Instituto como uma das principais causas da ameaça de extinção do cavalo-marinho.
Pesquisa constata presença de cavalos-marinhos em estuários de Suape; saiba o que isso significa https://t.co/jGHaAugyLb pic.twitter.com/aZZtiKFcWn
— Jornal do Commercio (@jc_pe) December 29, 2020
O diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos André Cavalcanti, comemorou os resultados iniciais. “O cavalo-marinho é um bioindicador de qualidade ambiental, ou seja, sua presença no estuário é prova de equilíbrio entre as espécies e de boa qualidade da água, pois trata-se de um peixe extremamente sensível a poluentes. Onde há cavalos-marinhos significa que o lugar tem condições boas para as demais espécies marítimas”, explica.
“Estamos coletando material genético dos cavalos-marinhos para nosso banco de dados e nos preparando para um possível revigoramento populacional, caso haja necessidade, ao final do estudo. Mantemos um laboratório de reprodução implantado no Cetreino de Suape que já abriga o plantel de reprodutores de Maracaípe, onde continuamente eles têm se reproduzido e os juvenis liberados no Pontal de Maracaípe”, afirma a bióloga e coordenadora do Hippocampus, Rosana Beatriz Silveira.
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