PANDEMIA

Após proibição pra evitar aglomeração, poucos flagrantes de uso de caixa de som em praias do Grande Recife

A medida foi para evitar aglomerações na tentativa de conter a contaminação pelo coronavírus. No entanto, alguns comerciantes reclamaram da redução do número de visitantes

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Angela Fernanda Belfort

Publicado em 16/01/2021 às 14:30 | Atualizado em 16/01/2021 às 15:05
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As praias de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, e do Recife apresentaram pouco movimento no primeiro sábado depois do decreto do governo do Estado proibindo música ao vivo ou som em bares, restaurantes e nas áreas de praias. Apesar do dia ensolarado, os banhistas em Casa Caiada (Olinda), Piedade (Jaboatão) e em Boa Viagem (Recife) estavam dispersos e muitas das mesinhas desses locais ficaram vazias. A intenção do governo do Estado é evitar as aglomeração pra reduzir a contaminação pelo coronavírus. A reportagem da TV Jornal percorreu a orla das três cidades na manhã deste sábado e encontrou apenas uma banhista com uma caixinha de som em Boa Viagem.

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Na praia de Piedade, em Jaboatão, fiscais da prefeitura circularam pelo calçadão e pela faixa de areia. Um grupo usou um quadriciclo para percorrer a orla. O movimento foi pequeno. "O som funciona como um atrativo para o cliente. O movimento está fraco e não é só no meu estabelecimento, mas em todos. Não tem quase ninguém na praia para um mês de janeiro e de férias", disse o comerciante José Ivan, que coloca mesinhas e cadeiras na orla de Piedade.

Segundo ele, o movimento de pessoas no local caiu cerca de 80%, comparando com o mesmo dia da semana passada. "Um som ambiente, que era o que eu usava aqui, não prejudica ninguém. O governo do Estado deveria tomar essa medida para evitar aglomeração primeiramente nos ônibus e no metrô, que continuam superlotados", criticou. "Só os comerciantes estão sofrendo com essa medida. Eu acho isso um absurdo. Peguei um financiamento do governo do Estado e como vou pagar com essas medidas ?", questionou dando a entender que a iniciativa fez menos gente frequentar o local. Oito pessoas trabalham com ele durante o final de semana para atender os banhistas.

Ainda em Piedade, a dona de casa Nadja Ferreira estava aproveitando o dia de sol e defendeu que a proibição do som não altera o seu lazer. "A praia é pra curtir, tomar uma cervejinha. O som acaba trazendo mais bagunça, muita gente. Concordo com o decreto", resumiu, argumentando que tem que respeitar as medidas que diminuam o contagio do coronavírus. 

A praia de Boa Viagem apresentou um movimento maior do que a de Piedade. No Recife, uma equipe da Vigilância Sanitária e Guarda Municipal com o apoio da Polícia Militar fiscalizaram as praias de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa. Mesmo assim, muita gente insistia em não usar a máscara, que é obrigatória no Estado. O uso deste adereço diminui a contaminação pelo coronavírus.

Somente em frente ao Acaiaca, a reportagem da TV Jornal encontrou uma caixa de som que estava com uma banhista, que não quis gravar entrevista. Ela disse saber da proibição, mas alegou que a música estava baixa.

Em Olinda, foi realizado um monitoramento nos nove quilômetros da orla da cidade numa ação da prefeitura daquele município com o governo do Estado. Nos últimos finais de semana, ocorreram muitas aglomerações na praia. O governador do Estado chegou a informar que poderia fechar as praias, caso ocorressem aglomerações este final de semana. 

 

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