Mulheres que fazem a diferença

Cinthya Leite insistiu no jornalismo em saúde e se sente realizada na profissão

Conteúdos produzidos pela repórter especializada em saúde e bem-estar têm sido essenciais para informar população a respeito de doenças como zika e covid-19

Cadastrado por

JC

Publicado em 25/03/2021 às 7:49
ESTUDOS Além de jornalista, Cinthya é doutoranda em Saúde Pública - JAILTON JR/JC IMAGEM

O jornalismo em saúde nunca foi tão essencial à população do planeta como ocorre desde a declaração da pandemia da covid-19. Fazer parte de um time de repórteres considerados importantíssimos para a divulgação científica sempre foi o desejo da jornalista Cinthya Leite, especializada em coberturas de saúde e bem-estar e setorista da área no Jornal do Commercio. O interesse pelo segmento surgiu ainda na adolescência, mas foi na universidade que ela amadureceu a ideia e lutou para conseguir viver o seu sonho.

“Lembro-me bem que, ainda na minha 7ª série, aos 13 anos, decidi ser jornalista. Na faculdade, descobri que queria trabalhar com jornalismo em saúde porque isso era muito forte no eixo Rio-São Paulo, mas não aqui. Na época, meu orientador achava que não era uma área que atraía tanto a atenção das pessoas e sugeriu que eu trocasse o tema de meu trabalho de conclusão de curso, que foi sobre obesidade infantil. Não aceitei e permaneci com esse assunto, porque já sabia que era isso que eu queria”, relembra.

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Determinada, Cinthya deixou de lado a carreira iniciante de professora de inglês para concorrer a uma vaga de estágio na editoria de Saúde do Jornal do Commercio. Após passar na seleção e começar a acompanhar as pautas que sempre sonhou, ela teve a certeza de que tinha encontrado sua vocação profissional.

Coberturas jornalísticas das doenças zika vírus e covid-19 foram as mais desafiadoras na carreira de Cinthya Leite - Jailton Jr/JC Imagem

“Ingressei em 2003 na editoria que falava sobre saúde e fui muito bem recebida pela minha então chefe Ceça Brito, que apesar de não estar mais entre nós, foi minha grande mentora. Fui muito iluminada por isso, porque toda a minha vida jornalística é no Sistema JC. Foi aqui que errei, aprendi e pude conhecer profissionais incríveis para me tornar a profissional que sou hoje”, agradece.

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Nesses 18 anos de trajetória, Cinthya se sentiu desafiada em muitos momentos, inclusive agora durante a cobertura da pandemia, como não poderia deixar de ser. Outro momento marcante foi o acompanhamento dos casos de zika vírus e microcefalia em Pernambuco. Em ambos os momentos, a jornalista reforça que as mulheres foram mais do que essenciais para a descoberta de casos e também para levar informação séria e de qualidade para a população.

“A pandemia tem sido um grande desafio mundial para os jornalistas. Mas a cobertura da zika e microcefalia também me marcou muito emocionalmente. Foi uma responsabilidade muito grande porque fiquei noticiando esses casos sozinha, durante 20 dias, quando nenhum outro veículo falava sobre o assunto. Ver aquelas crianças também era muito desconhecido, como também é o novo coronavírus. Por isso, esses dois momentos foram um grande desafio para mim”, pondera.

Assista ao vídeo e conheça mais sobre Cinthya Leite:

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