MEIO AMBIENTE

Toneladas de lixo em praias do Rio Grande do Norte têm objetos com identificação do Recife, e Pernambuco tenta identificar origem dos resíduos

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco informou que solicitou ao Rio Grande do Norte relatórios com a análise do material encontrado nas praias

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JC

Publicado em 24/04/2021 às 21:00 | Atualizado em 24/04/2021 às 21:01
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Toneladas de lixo urbano e hospitalar trazidas pelo mar têm sido encontradas, desde a quarta-feira (21), em praias de municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A origem ainda é desconhecida, mas moradores de Tibau do Sul, que fica a 77 quilômetros de Natal, relatam que alguns objetos encontrados no lixo, como uma mochila escolar do Recife e um título de eleitor da capital pernambucana, indicam que o lixo poderia ter vindo de Pernambuco. 

Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) informa que está em contato com o órgão ambiental do Rio Grande Norte e vai unir forças para identificar a causa do aparecimento de resíduos no litoral daquele Estado. "Já foi solicitado ao Rio Grande do Norte que encaminhe os relatórios com a análise do material encontrado nas praias e também uma mostra dele para que técnicos da Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) possam analisá-lo", diz. Contudo, a Semas ressalta que, até o momento, nenhum incidente foi constatado junto aos municípios litorâneos nem aos portos de Pernambuco.

O material trazido pelo mar inclui bolsas, garrafas plásticas, chinelos, seringas e eletrodomésticos. No Rio Grande do Norte, praias como Pipa (em Tibau do Sul) e Barra do Cunhaú (em Canguaretama) receberam um volume expressivo de lixo. Na Paraíba, as mais atingidas foram praias da capital, João Pessoa, e dos municípios de Conde e Cabedelo.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) abriu uma investigação para apurar o lixo encontrado nas praias do litoral sul do Rio Grande do Norte. Mas, segundo o órgão, a investigação principal, neste momento, está sob responsabilidade dos órgãos estaduais. 

O presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anama) na Paraíba, Welison de Araújo, que é também secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, disse, ao Estadão, não haver indicação de que o material tenha vindo de rios e galerias pluviais da capital. "De acordo com as vistorias, os resíduos podem ter sido trazidos de outros Estados por uma corrente de vento sazonal. Mas uma coisa é certa: é lixo que alguém jogou e poluiu o meio ambiente e que acabou voltando", afirmou.

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