Comissão de Ética do TJPE aprova texto que estimula iniciativas para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade
"Os Juízes e Juízas pernambucanos não estão indiferentes à triste realidade da pandemia da covid-19", diz o início do texto
A Comissão de Ética e Defesa dos Direitos e Garantias da Magistratura do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aprovou, durante reunião realizada nessa terça-feira (27), um texto que estimula iniciativas para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade, problema esse que foi acentuado durante a pandemia do novo coronavírus.
A comissão é composta pelos desembargadores Frederico Neves (presidente), Viana Ulisses, Itamar Pereira Jr., Márcio Aguiar e Antonio Melo. Durante a reunião, os magistrados aprovaram, de forma unânime, o seguinte texto:
"Os Juízes e Juízas pernambucanos não estão indiferentes à triste realidade da pandemia da covid-19. Ao contrário, com a sua respeitabilidade perante a sociedade onde atuam, compenetram-se da sua condição para liderar medidas de fomento à solidariedade. Muitos homens, mulheres e crianças estão na mais absoluta miséria, em condições deploráveis, sem terem onde morar, nem o que comer, e tal situação provoca insegurança e estimula a violência. Bem por isso, a Comissão de Ética do TJPE, aplaude toda e qualquer iniciativa dos Magistrados pernambucanos, que, através de rádios e jornais locais, gravações de vídeos e de áudios, ou por qualquer outro meio, incentivem a prática de ações visando prevenir a doença e dar assistência material e psicológica aos mais necessitados, deflagrando campanhas para o fornecimento de alimentos e remédios, e a adoção de outras providências humanitárias".
Pandemia e miséria se agravam na pandemia
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made-USP), com a redução do valor do auxílio emergencial, pago pelo governo federal, o Brasil deve somar, neste ano, 61,1 milhões de pessoas vivendo na pobreza e 19,3 milhões na miséria.
São consideradas pobres as pessoas que vivem com renda mensal per capita inferior a R$ 469 por mês, conforme parâmetro fixado pelo Banco Mundial. Já os extremamente pobres são os que vivem com menos de R$ 162 por mês.