Covid-19

'Estamos no caminho certo', diz prefeito de Garanhuns sobre medidas mais restritivas no município

Em Garanhuns, a venda de bebidas alcoólicas está proibida nos supermercados e até por meio de delivery. Acesso de vans de outros municípios também também está suspenso

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Luisa Farias

Publicado em 07/06/2021 às 11:50 | Atualizado em 07/06/2021 às 12:24
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O prefeito de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, Sivaldo Albino (PSB), justificou nesta segunda-feira (7) as medidas mais restritivas do que as implementadas pelo governo estadual que estão sendo adotadas no município, como forma de controlar os altos índices da covid-19 na região. Em Garanhuns, a venda de bebidas alcoólicas está proibida nos supermercados e até por meio de delivery até o próximo dia 13 de junho. 

Para o prefeito, ainda que as medidas causem polêmica, a prefeitura tem recebido apoio de boa parte da população. "É um período curto, as pessoas precisam ter essa consciência", disse o prefeito, em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, desta segunda (7).

Em Garanhuns funciona a sede da 5ª Gerência Regional de Saúde (Geres), que junto com a 4ª Geres, com sede em Caruaru, enfrentam restrições estabelecidas pelo Governo de Pernambuco também até 13 de junho.

Na região, apenas as atividades chamadas de permitidas podem funcionar, como supermercados, padarias, mercadinhos, postos de gasolina e farmácias. Os bares e restaurantes podem funcionar no esquema de delivery, e podem comercializar bebidas alcoólicas, com exceção de Garanhuns. 

"Especialmente nos finais de semanas, muitas pessoas se juntam para se confraternizar em clubes, na área rural, na áreas urbana e residências e até mesmo em alguns bares que insistem em funcionar de portas fechadas. Tomamos muitas medidas, fechamos lojas de material de construção, oficinas, casas de peças, mas proibimos também o acesso das vans dos municípios circunvizinhos à nossa cidade e olhe que em torno de 600 vans circulam na nossa cidade diariamente", explicou Sivaldo.

Os resultados obtidos com as restrições foram vistos com otimismo pela Prefeitura de Garanhuns. A ocupação de leitos de UTI no município, que há duas semanas atrás era de 100%, e dos chamados leitos de retaguarda, que era de 97%, teve uma diminuição considerável na última semana, segundo informou prefeito. No último sábado (5), o município já tinha uma taxa de 85% de ocupação dos leitos de UTI, e 46% dos leitos de retaguarda.

"É um número ainda alto, mas acredito que estamos no caminho certo tomando essas medidas e se a população de Garanhuns ajudar, nós vamos poder diminuir ainda mais esses números", considerou Sivaldo Albino. 

Novo decreto municipal

Um novo decreto municipal estabeleceu a flexibilização de algumas restrições em Garanhuns. As novas medidas vão começar a valer a partir desta terça-feira (8). Será permitido o funcionamento das feiras livres da Cecília Rodrigues, Oliveira Lima, Central de Abastecimento de Garanhuns (Ceaga), Boa Vista, Cohab II, Cohab III, e Magano no sábado (12), até às 13h. A Ceaga também poderá abrir de terça a sábado até as 13h e o mercado 18 de Agosto nos mesmos dias e horário, mas apenas para a comercialização de carnes. 

"Ao analisar as medidas e tomar a decisão agora flexibilizando apenas um pouco, mas continuamos proibindo acesso das vans e a venda das bebidas durante essa semana até o próximo dia 13 (de junho)", explicou o prefeito. 

Sivaldo admitiu que há casos em que população de Garanhuns se desloca para municípios vizinhos para adquirir medidas alcoólicas, mas garante que são fatos isolados. 

"Essa informação de que algumas pessoas de Garanhuns vão comprar, em certa parte é verdadeira, mas é um número muito pequeno que tem feito isso. Inclusive a gente tem feito campanhas educativas, têm solicitado, feito pedidos nesse sentido. O próprio bispo da nossa diocese (Dom Paulo Jackson) também tem feito esse pedido de público e o resultado foi o mais importante", disse. 

Fiscalização

A fiscalização do cumprimento das restrições está sendo feita em Garanhuns pela Polícia Militar de Pernambuco, as vigilâncias Sanitária e de Saúde e a Guarda Municipal. 

"Quando tomamos a decisão, nós comunicamos às empresas e hoje elas isolam a parte de bebidas alcoólicas no supermercado e outras retiraram. A gente tem feito essa fiscalização e já comunicamos que qualquer estabelecimento que descumprir, vender bebida alcoólica, terão as suas portas fechadas durante o período do decreto", garantiu Sivaldo. 

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