
Roberta da Silva, 33 anos, a mulher trans que teve 40% do corpo queimado no Cais de Santa Rita, no Centro do Recife, apresenta necrose progressiva no braço direito. A informação foi divulgada nesta terça-feira (29) pelo Hospital da Restauração (HR), no Derby, onde ela está internada e passou por cirurgia para amputar o braço esquerdo, no sábado (26).
A vítima está em um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HR desde o dia 24 de junho e tem quadro de saúde considerado grave. A equipe de cirurgia vascular que acompanha Roberta decidiu suspender a alimentação dela nesta terça-feira (29), em preparação para um novo procedimento cirúrgico que deve ocorrer nesta quarta-feira (30).
- Trans queimada viva no Recife está consciente e respira sem ajuda de aparelhos, diz hospital
- Paulo Câmara manda Secretaria da Mulher acompanhar caso da mulher trans queimada viva no Recife
- No Dia do Orgulho LGBTQIA+, ato no Recife pede fim da violência contra trans e travestis
- Mulher trans queimada no Centro do Recife corre risco de perder segundo braço, diz médico
- Quadro de saúde de Roberta, mulher trans queimada no Recife, evolui bem
Relembre o caso
Pessoa em situação de rua, Roberta Silva foi queimada, próximo ao Cais de Santa Rita, por um adolescente, no dia 24 de junho. Ele foi apreendido e encaminhado para uma unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). A suspeita é de que o ato foi praticado por transfobia. No sábado (26), ela passou por cirurgia e teve o quadro agravado, precisando ser intubada.
Diante da ação violenta, entidades ligadas aos direitos humanos realizaram um ato, nessa segunda (28), em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. O objetivo foi chamar a atenção para o respeito às pessoas, independente da orientação sexual. As entidades também cobraram do Estado mais ações de prevenção para evitar que tragédias se repitam.
Comentários