ANIVERSÁRIO

Associação de Imprensa de Pernambuco completa 90 anos com muitos planos para o futuro

A comemoração dos 90 anos da instituição ocorrerá no próximo ano com uma exposição do acervo histórico da Universidade de Coimbra, fazendo um recorte que vai desde a descoberta oficial do Brasil até a independência, que completa o bicentenário em 2022

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Angela Fernanda Belfort

Publicado em 10/09/2021 às 17:16 | Atualizado em 10/09/2021 às 17:38
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A  Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) completa 90 anos de neste domingo (12).  "Foram muitas as transformações nos últimos 90 anos. E outras vão vir. Não devemos nos assustar, mas nos prepararmos e tentar antecipar o que vai ocorrer", comenta o presidente da AIP, Múcio Aguiar. Por causa da pandemia do novo coronavírus, não haverá evento festivo este ano. A data redonda será celebrada em março de 2022,  quando será inaugurada uma exposição, no Recife, com o acervo histórico da Universidade de Coimbra fazendo um recorte que vai desde a descoberta oficial do Brasil até a independência "para contextualizar o bicentenário da independência" também a ser festejado no próximo ano. 

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Além da Universidade de Coimbra, também será parceira do evento a Associaçã Portuguesa de Imprensa. "É interessante festejar os 90 anos da AIP dando um presente para Pernambuco e festejar os 200 anos da independência do Brasil", comenta Múcio. A abertura da exposição está prevista para o dia 06 de março, data que lembra a revolução pernambucana de 1817. 

Nas nove décadas de existência, a AIP se consolidou como uma instituição que defende a liberdade de imprensa tanto dos profissionais, como dos veículos, o aperfeiçoamento dos profissionais da área e fomentar o intercâmbio de jornalistas com outros países, como uma comitiva de jornalistas pernambucanos que passou 15 dias na China.

"O curso de jornalismo da Universidade Federal de Pernambuco nasceu a partir de um projeto da AIP. E o (curso) da Universidade Católica de Pernambuco, do então presidente da AIP na época, Luís Beltrão, também autor de vários livros de comunicação", recorda Múcio. E complementa: "Quando a AIP nasceu não existiam sindicatos. A instituição também tem um papel de memória da imprensa". A instituição também está se articulando para implantar o Museu da Imprensa.

A instituição também teve um papel importante nos momentos em que regimes autoritários tiveram vez no País. "O jornalista Carlos Garcia foi presidente da AIP em 1964 durante o regime militar. Na época, ele fez um fundo pela liberdade de imprensa que ajudava financeiramente as famílias dos presos políticos. E também lutou pela liberdade do jornalista Iran Pereira, que foi preso", recorda Múcio. 

A entidade tem mais de 300 sócios pagantes e um cadastro de mais de mil associados. Fisicamente,  funciona no mesmo prédio da TV Pernambuco, na Rua Conde da Boa Vista, 1424, Centro do Recife, e tem uma biblioteca formada por livros que pertenceram a jornalistas, com livros principalmente nas áreas de comunicação social, história e literatura, que podem ser consultados no local no horário comercial, das 8h às 12h e das 14h às 17h. 

E sobre o atual momento político marcado por críticas a imprensa pela autoridade máxima do País, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Múcio diz que "essas pessoas passam, são marcadas pela história de forma negativa, permanece a democracia e a imprensa fazendo o seu papel de levar os fatos as pessoas, como foi no passado, e é hoje", conclui. 

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