Corpo de jovem morto no metrô do Recife é sepultado
Durante a despedida, familiares estavam muito emocionados e pediram "justiça"
Com informações de Waldison Balbino, da TV Jornal
Familiares e amigos de Bruno Henrique dos Santos, de 21 anos, morto em um vagão do Metrô do Recife nessa terça-feira (21), compareceram ao Cemitério de Santo Amaro, na área central da capital pernambucana, para velar e sepultar o corpo do dançarino, na tarde desta quarta (22).
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A mãe do artista e dona de casa, Lucicleide Viana, passou todo o tempo ao lado do caixão do filho. Muito emocionada, ela chegou a desmaiar e foi socorrida por parentes. A viúva de Bruno chegou ao cemitério aos prantos para se despedir do companheiro.
Por volta das 16h, o corpo do jovem foi sepultado sob forte comoção e pedidos de "justiça".
Enquanto a família enterrava o dançarino, a Polícia Civil apresentava a prisão de um ambulante, de 19 anos, que teria confessado o crime. O homem alegou ter suspeitado de um furto de celular. Ele foi autuado por homicídio duplamente qualificado.
A morte de Bruno
O assassinato de um artista de rua a facadas dentro do vagão do metrô do Recife, nesta terça-feira (21), chocou a população pernambucana. Bruno Henrique dos Santos, de 21 anos, fazia apresentações artísticas no transporte público quando foi atacado e morto, diante de diversos usuários. A mãe do jovem, Lucicleide Viana, contou que o filho era uma boa pessoa e não tinha desentendimento com ninguém.
"Bruno era um amor de pessoa, carinhoso, me dava tanto cheiro... Só queria dançar, somente. Ele ia todos os dias para o metrô trabalhar, para ganhar o pão de cada dia e pagar o aluguel. Tinha uma vida social como qualquer pessoa. Ele nunca falou sobre alguém o ameaçar", relatou a mãe, em entrevista à TV Jornal, na saída do Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro.
De acordo com o delegado Victor do Leite, da Polícia Civil de Pernambuco, o suspeito de cometer o crime, segundo relatos de testemunhas, trabalhava como vendedor ambulante na plataforma. Ainda segundo o delegado, a vítima e o suspeito teriam discutido nessa segunda (20), o que pode ter motivado a ação.
Apesar de Bruno nunca ter relatado ameaças, Lucicleide conta que sempre aconselhava o filho a trabalhar em outro local. "Eu me preocupava muito, todo o tempo. Eu pedia para ele sair de lá e ele dizia que era uma arte, que gostava de fazer aquilo", relata a mãe, visivelmente emocionada. Ela ainda descreve como foi a última vez que esteve com o filho: "Como mãe, a gente sente que isso vai acontecer. A última vez que o vi, ele me disse: 'ore por mim'", relatou a mãe.
Após o crime, o suspeito acionou a trava de emergência do trem e fugiu por um terreno entre as estações da Imbiribeira e Antônio Falcão. De acordo com o delegado Victor Leite, esse fato indica que ele teria premeditado a ação. "Possivelmente, foi um homicídio calculado, premeditado, sem se importar com testemunhas oculares", avaliou o delegado.
Mesmo diante da dor pela morte do filho, a mãe afirmou que perdoa o suspeito. "Não vai adiantar pedir justiça, porque a justiça de Deus não falha, mas as dos homens, sim. Eu perdoo quem fez isso com ele Eu perdoo você, viu, meu filho? Que Deus salve você também", afirmou.