GREVE

Com greve da Polícia Civil, serviços em delegacias ficam paralisados

Atendimentos básicos, como a prestação de boletins de ocorrência, foram interrompidos pela adesão da categoria à paralisação

Imagem do autor
Cadastrado por

JC

Publicado em 15/02/2022 às 17:31 | Atualizado em 16/02/2022 às 21:11
Notícia
X

Com informações da TV Jornal

Com a adesão da maioria dos policiais civis à greve, segundo o sindicato da categoria, houve pouca movimentação nas delegacias da Região Metropolitana do Recife (RMR). Departamentos importantes na área central do Recife, além de Olinda e Zona Norte da Capital Pernambucana, foram visitados por uma equipe da TV Jornal na manhã desta terça-feira (15). Atendimentos básicos, como a prestação de boletins de ocorrência, foram interrompidos pela adesão da categoria à paralisação.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), 90% da classe fizeram adesão à greve deflagrada nesta segunda-feira (14). De acordo com Rafael Cavalcanti, presidente do Sinpol, todas as atividades da Polícia Civil foram paralisadas no Estado. "O Estado tem oferecido um aumento de 20%, e com o pagamento só para julho, vale lembrar que o que nos oferecem não cobre nem a inflação dos últimos três anos, o que dirá a inflação que vem agora de 2022 que já tem uma projeção de 6% a 7%", apontou o presidente da representação da categoria.

"O que nós pedimos é o que seja próximo ao que foi dado aos professores 30%, 35%. Após 7 meses tentando negociar, dialogar e buscar uma saída que a categoria se sinta valorizada, chegamos ao nosso limite. Quem nos empurrou para essa greve foi o Governo do Estado", afirma Rafael, enfatizando que não há aumento para os policiais desde 2019.

Na Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, apenas policiais tinham acesso à unidade pela manhã. Com viaturas estacionadas no local, a população não teve acesso aos serviços oferecidos pela delegacia que trabalha com crimes de violência de gênero. Na Delegacia de Santo Amaro, no mesmo bairro, não havia movimentação. Já na Central de Flagrantes da Capital, um cartaz foi fixado na frente do departamento apontando que havia greve. No local, várias viaturas também estavam estacionadas.

O Instituto de Medicina Legal (IML) foi um dos pontos em que o serviço estava funcionando plenamente. Funcionários informaram à reportagem que o atendimento estava acontecendo pela manhã, com a presença de policiais do Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE), para que a unidade tivesse a segurança reforçada em caso de adesão ao movimento grevista.

Olinda

Em Olinda, no Grande Recife, duas importantes delegacias estavam com os portões fechados, a do Varadouro e de Peixinhos. "Eu vim aqui prestar queixa sobre roubo de um hidrômetro. Não consegui, porque está em greve. Vim ontem, não consegui porque eu esqueci a carteira de vacinação, mandaram vir hoje às 8h, mas está de greve. Agora eu vou ter que voltar para casa, porque não consegui prestar boletim pela internet. E quando eu ligo, manda eu vir para cá. Vou ficar sem água em casa, é o jeito", explica o serralheiro Luiz Carlos, que foi até a Delegacia de Peixinhos.

Procurada, a assessoria da Polícia Civil de Pernambuco disse que" A Secretaria de Defesa Social e a Chefia de Polícia Civil estão adotando todas as providências para garantir o atendimento à população nos serviços de segurança pública. A orientação é para que a população continue registrando Boletins de Ocorrência, que estão sendo lavrados normalmente. Em qualquer local, com uso de computadores, tablets ou smartphones, é possível oficializar queixas por meio da Delegacia pela Internet, através do link https://servicos.sds.pe.gov.br/delegacia/", disse a nota da Polícia, afirmando que quem não conseguir realizar os procedimentos devem ligar no número 0800.081.5001.

"A SDS, a Polícia Civil e o Governo de Pernambuco estão abertos ao diálogo para negociar e encontrar soluções que aliem valorização profissional para a categoria e garantia de serviços de segurança para a população", complementou o comunicado da Polícia.

Tags

Autor