Saiba o que falta esclarecer no caso do homem que é suspeito de envolvimento no assassinato da família em Pernambuco
Os corpos do pai do suspeito - Manoel Ferreira da Cunha, 48 anos, e o da mãe, Marcilene Maria Medeiros da Cunha, 55 -, foram encontrados incinerados em um carro abandonado. Homem foi preso preventivamente
Ainda há muitas pontas soltas no caso do homem de 23 anos que foi preso preventivamente nessa terça-feira (19) por suspeita de participar do assassinato da mãe, do pai e da irmã em Carpina, na Zona da Mata de Pernambuco. Essas questões devem ser respondidas no decorrer das investigações pela Polícia Civil.
Os corpos do pai do suspeito, Manoel Ferreira da Cunha, 48, e o da mãe, Marcilene Maria Medeiros da Cunha, 55, foram encontrados incinerados em um carro abandonado em uma área de difícil acesso no Engenho Alcaparras, na zona rural de Nazaré da Mata, nessa terça, por agricultores da região.
Eles estavam desaparecidos desde o último domingo (17) e teriam sido mortos junto à filha, Emanuelli Pereira da Silva, 18, na casa onde moravam em Carpina. No entanto, não se sabe se a jovem continua desaparecida ou se teve o corpo totalmente queimado no veículo - como acredita a polícia.
O jovem foi preso em flagrante ainda na terça pelo crime. Em depoimento, confessou ter tido envolvimento nas mortes, teve prisão convertida em preventiva e foi levado até a Penitenciária Dr. Enio Pessoa Guerra, em Limoeiro, no Agreste do Estado.
O delegado Pedro Leite afirmou que o suspeito disse ter contratado comparsas para simular um assalto na residência e roubar o dinheiro da família. No entanto, a ação teria fugido do controle e resultado nas mortes.
Mas a polícia ainda investiga se essa versão é verdadeira, se houve participação de mais pessoas no crime ou se ele próprio matou os parentes. Fato é que a frieza do suspeito chamou a atenção do delegado. “Nele, só se destaca a frieza. Ele não aparentava nervosismo”, contou Pedro Leite.
A defesa do suspeito contou à TV Jornal que ele cometeu o crime por causa de uma dívida de R$ 2,4 mil com um agiota. O advogado de defesa, Clebson Bezerra, espera o inquérito para ter acesso a mais informações e considera “prematuro” falar a quantidade de participantes no crime.
“Ele me contou que estava lá, teve um roubo e ficou preso. Ele, inclusive, está machucado. Se houve um desdobramento do roubo para um latrocínio, precisamos analisar, porque a conduta tem que ser individualizada, não pode recair sobre uma só pessoa”, disse Clebson.
O carro, que pertencia à matriarca da família, Marcilene, seguia no local onde foi abandonado na manhã desta quarta-feira (20), dentro de uma ribanceira. Também precisa ser esclarecido se o próprio suspeito o deixou no local, se o veículo foi empurrado no buraco ou se caiu sozinho por causa das chamas.
Equipes da Polícia Civil de Pernambuco fazem perícias no carro e na casa da família.