MEIO AMBIENTE

CPRH investiga aparecimento de mancha em praia do Grande Recife. Veja hipóteses apresentadas

Agência Estadual de Meio Ambiente recomendou que os banhistas não tenham contato com a mancha e que se afastem do ponto onde a mesma está presente

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Katarina Moraes

Publicado em 21/11/2022 às 17:47 | Atualizado em 24/11/2022 às 12:25
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Em colaboração com Gabriela Bento, da Rádio Jornal

Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) coletou, nesta segunda-feira (21), uma amostra da água da Praia do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, para investigar o aparecimento de uma mancha no mar, identificado na tarde desse domingo (20).

Segundo a CPRH, a amostra será analisada no laboratório da instituição, e o resultado sairá na próxima segunda-feira (28). A agência recomendou que os banhistas não tenham contato com a mancha e que se afastem do ponto onde a mesma está presente, ao tomar o banho de mar na região.

Os moradores da região foram surpreendidos com a mancha escura. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver a diferença entre as cores da água. A CPRH e a Prefeitura de Paulista descartaram que o material seja óleo ou petróleo - como identificado no desastre ambiental que aconteceu nas praias do Nordeste em 2019.

Segundo a Secretaria-executiva de Meio Ambiente do Paulista, as manchas podem ter sido provocadas pelo encontro das águas do Rio Doce e do Rio Paratibe com a água do mar, em noite de maré alta. Além disso, que as chuvas dos últimos dias podem ter influenciado toda a corrente na beira da praia, afetando a cor da água.

"Inclusive a foz do Rio Paratibe/Paulista e a foz do Rio Doce/Olinda devem ser analisadas para buscar elementos que justifiquem esse acontecimento que provoca curiosidade na população. Informamos que já entramos em contato com a CPRH, e trabalharemos na busca de mais informações sobre o ocorrido, porém, ressaltamos que já está descartada a possibilidade de serem manchas de petróleo/óleo", afirmou a Prefeitura.

O biólogo, doutor em Oceanografia e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Edson Vasconcelos, afirmou que ainda é cedo para definir o que é a substância, mas que há "várias hipóteses". 

"Pode ser uma poluente, fonte de esgotos que drenam nessa região, ou uma resposta da comunidade de microalgas, fictoplancton, que pode estar sendo favorecida por esse aumento de carga de esgoto e nutrientes - que pode ser de origem natural ou humana -, formando essa mancha", afirmou.

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