Base Aérea do Recife é desativada pela Aeronáutica e tem atividades atribuídas a outras organizações militares locais

De acordo com documento oficial publicado, houve redução significativa nas atividades desenvolvidas na BARF nos últimos anos

Publicado em 18/07/2024 às 13:22 | Atualizado em 19/07/2024 às 11:31

A Aeronáutica decidiu desativar a Base Aérea do Recife (BARF). A informação foi dada pelo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, e publicada no Boletim do Comando da Aeronáutica.

O documento destaca que houve uma redução significativa nas atividades desenvolvidas na BARF nos últimos anos e que “em virtude de não mais haver Unidades Aéreas sediadas, a vocação dessa nobre OM (Organização Militar) voltou-se para a Segurança e Defesa (SEGDEF), assim como apoio eventual a aeronaves militares em trânsito por Recife”.

A base será desativada na próxima quarta-feira (24/7), dia que coincide com seu aniversário de 83 anos. Criada em 1941, durante a 2ª Guerra Mundial, ela está localizada no Jordão, na Zona Sul da capital pernambucana.

Ainda segundo o documento oficial publicado, a Base Aérea do Recife foi analisada quanto aos aspectos de economicidade e afinidade funcional. As atividades serão atribuídas a outras organizações militares locais, desta forma:

  • Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), localizada em Jardim Jordão, em Jaboatão dos Guararapes
  • Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR), em Boa Viagem, na Zona Sul
  • Grupamento de Apoio de Recife (GAP-RF), em Boa Viagem

Confira o posicionamento da FAB:

"A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, a partir de 24 de julho de 2024, ocorrerá a desativação da Base Aérea do Recife (BARF), tão somente no que se refere aos aspectos de operações aéreas, mormente, em face de não mais existirem sediadas Unidades Aéreas em suas instalações.

Fundamental destacar que a decisão tão somente implicará na transferência de subordinação, hoje, existente do Comando de Preparo (COMPREP) ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), mais especificamente ao Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 3), preservando-se toda a infraestrutura existente, sem que haja a movimentação de efetivo para outras localidades, havendo inclusive a manutenção histórica da denominação da OM, qual seja: a consagrada Base Aérea do Recife permanece estampada na entrada principal.

Mister, ainda, salientar que, não somente haverá a preservação de todas as instalações e efetivo, mas também há o planejamento para que atividades fundamentais de controle do espaço aéreo sejam a ela vinculadas, com a operação dos controles de aproximação de Maceió e de Aracaju, que passarão a operar a partir da Unidade, o que resultará em incremento do efetivo da Guarnição de Aeronáutica do Recife para o ano de 2025.

A FAB esclarece, por derradeiro, que a planejada mudança ampara-se nos importantes pilares de modernização da gestão pública, uma vez que agregará eficiência administrativa, gerando economia de recursos públicos, implementando importantes adequações operacionais de controle do espaço aéreo, sem que haja quaisquer perdas de sua fiel representatividade naquela cidade que sempre a acolheu, permanecendo nela sediado o Segundo Comando Aéreo Regional, responsável pelas atividades da Força Aérea no Nordeste brasileiro, sendo este comandado por Oficial-General de 3 estrelas."

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