Gusttavo Lima cancelou show em Pernambuco por 'não ter condições psicológicas', diz prefeito de Petrolândia
show estava previsto para a próxima quarta-feira (2), durante a festa de padroeiro São Francisco de Assis, uma tradição do município do Agreste
O cantor Gusttavo Lima cancelou um show em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, alegando não ter "condições psicológicas" para realizar a apresentação, informou o prefeito do município, Fabiano Marques, ao JC.
O show estava previsto para a próxima quarta-feira (2), durante a festa de padroeiro São Francisco de Assis, uma tradição local. De acordo com o Portal Goiás Mais, o Ministério Público Eleitoral (MPE) chegou a pedir a suspenção do show em Petrolândia, recebendo uma negativa da juíza eleitoral Carina Grossi da Silva. O show custaria R$ 1,1 milhão aos cofres do município.
Nesta semana, Lima teve prisão decretada (e depois revogada) no âmbito da Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, que mira uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Ele retomou a agenda de shows na última sexta-feira (27), em Marabá, no sudeste do Pará.
'Questões psicológicas'
"O show foi cancelado por questões pessoais do cantor Gusttavo Lima. Não tivemos problemas com Ministério Público, nem Justiça Eleitoral. Hoje, Petrolândia é um município que consegue pagar tudo em dia", disse.
"O que ocorreu é que houve um distrato por parte dele, que alegou que não tinha condições psicológicas para realizar um show. Então, mudamos a grade da festa de padroeiro e logo amis estaremos anunciando a nova atração", completou.
Prisão preventiva
Gusttavo Lima teve a prisão preventiva revogada na tarde da última terça-feira (24), após uma decisão foi do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o mesmo que concedeu o relaxamento de prisão para outros investigados da Operação Integration, a exemplo da influenciadora digital Deolane Bezerra.
Gusttavo Lima foi indiciado pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, assim como os 21 demais investigados na Operação Integration.
O indiciamento do cantor ocorreu de forma posterior ao dos outros investigados, porque somente no dia 15 de setembro a polícia conseguiu identificar, por meio da análise de relatório de inteligência financeira (RIF), transações financeiras suspeitas com destino à conta bancária dele.
Defesa do cantor
"A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. Tudo feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na ANAC. Tais contratos possuíam diversas cláusulas de compliance e foram firmados muito antes de que fosse possível se saber da existência de qualquer investigação em curso", informou a defesa do artista.
"Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs. Oportunamente, medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem."