"Temos um problema habitacional muito sério e um estado pobre", pontua economista pernambucano

Relação entre habitação de interesse social e a economia do estado de Pernambuco foi abordada durante debate na Rádio Jornal nesta terça-feira

Publicado em 22/10/2024 às 14:39

Mais de 320 mil famílias em Pernambuco são atingidas por problemas na habitação. O déficit é composto por pessoas que sofrem com vulnerabilidade nas suas casas e outras que pagam aluguel e não conseguem realizar o sonho da casa própria. As informações foram esclarecidas pela secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco, Simone Nunes, durante debate na Rádio Jornal.

Ao longo do encontro, Nunes destacou a atuação do Programa Morar Bem Pernambuco no combate ao déficit habitacional no estado. “O Morar Bem atua na regularização fundiária, na retomada de obras, na melhoria habitacional para as edificações com vulnerabilidade edilícia e na construção de novas moradias a partir da modalidade entrada garantida”, explicou.

A secretária confirmou, ainda, que a iniciativa que garante para famílias pernambucanas R$ 20 mil de entrada está prevista em orçamento até 2027. De acordo com ela, mais de R$ 120 milhões já foram investidos no projeto.

A relação entre habitação de interesse social e a economia do estado de Pernambuco foi abordada pelo superintendente de Rede da Caixa, Marcelo Maia, pelo economista Edgar Leonardo e pelo advogado André Frutuoso.

Reprodução/Rádio Jornal
Relação entre habitação de interesse social e a economia do estado de Pernambuco foi abordada em debate na Rádio Jornal - Reprodução/Rádio Jornal

Para Edgar Leonardo, é necessário observar questões como desenvolvimento na Região Metropolitana do Recife e mobilidade para resolver os problemas de habitação em Pernambuco.

O economista pontuou, ainda, a importância do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no estado. “Temos um problema habitacional muito sério e um estado pobre. Pernambuco é um estado onde as características do Minha Casa, Minha Vida se agregam muito porque a renda média é muito baixa, então políticas desse tipo são extremamente importantes para o cidadão pernambucano”, ressaltou.

Durante o debate, o superintendente de Rede da Caixa, Marcelo Maia, afirmou que “o MCMV é o maior programa habitacional que o país já teve e vive sua melhor fase no estado de Pernambuco”. De acordo com ele, em 2024, o programa vai comemorar um recorde de concessão.

Já o advogado André Frutuoso celebrou a iniciativa do governo pernambucano de promover o acordo de conciliação nacional para as famílias que sofreram com danos estruturais nos prédios-caixão. “Reconhecemos o trabalho do governo do estado, mas o valor é um ponto que os moradores não estão se agradando”, explicou. De acordo com ele, “existe uma conjuntura hoje no Nordeste brasileiro que faz com que os moradores sofram, como o solo de mangue, projetos mal elaborados e vícios de construção”.

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