Parque da Jaqueira deve ganhar ciclovia completa, centro esportivo e restaurantes; veja projeto da concessionária
Pista de bicicross será extinta. De acordo com a concessionária, um levantamento que indicou que apenas 7% dos usuários do parque utilizavam espaço

A partir desta segunda-feira, dia 10 de março, o Parque da Jaqueira Governador Joaquim Francisco, na Jaqueira, Zona Norte do Recife, assim como outros três parques urbanos da cidade, passa a ser gerido e operado pela Viva Parques do Brasil.
A concessionária venceu a licitação da Prefeitura do Recife e vai ficar responsável pela manutenção dos espaços durante 30 anos. A previsão de investimentos é de R$ 413 milhões ao longo da operação. Nos dois primeiros anos, os novos projetos já devem ser entregues para a população.
Com área de 71,5 mil m², o Parque da Jaqueira é um dos principais parques urbanos do Recife. Frequentado por cerca de 120 mil pessoas mensalmente, ele conta com pista de cooper, lazer infantil, aluguel de bicicletas, quadras poliesportivas, áreas de piquenique, espaço pet e ciclovia.
O projeto da Viva Parques do Brasil inclui a manutenção das áreas existentes, como o playground, a ampliação da pista de ciclovia, um novo centro esportivo e um centro gastronômico, com operação de restaurantes.
A pista de bicicross, que já existe no parque, será extinta. Uma nova, de pump track, será construída. De acordo com a concessionária, a decisão veio a partir de um levantamento que indicou que apenas 7% dos usuários do parque utilizavam o espaço.
O plano de implantação do Parque da Jaqueira inclui, ainda, a realocação da área de brinquedos de crianças de 0 a 3 anos e do espaço de yoga, a reforma de quiosques e do depósito dos vendedores ambulantes.
Além disso, devem ser implantados bebedouros, bancos e lixeiras, e o espaço vai contar com câmeras de segurança e rede wifi gratuita.
Uma das obrigações estabelecidas pelo contrato de licitação com a Prefeitura do Recife é que a empresa concessionária conserve e mantenha atualizados todos os bens, equipamentos e instalações empregados na concessão, em perfeitas condições de funcionamento, repare suas unidades e promova os reparos e as substituições necessárias.
Capela deve ser preservada
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento do Recife, Felipe Matos, garantiu que a Capela Nossa Senhora da Conceição das Barreiras, localizada no parque, vai receber apenas reforma para garantir que seu aspecto original seja mantido.
Construído em 1766 e tombado desde 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o monumento não pode ser descaracterizado. “A edificação da Capela não está dentro da concessão e é mantida pela Igreja Católica”, pontuou Felipe.
O que pode mudar
Os quatro parques concedidos seguem gratuitos e não serão privatizados. De acordo com a licitação, é proibida a cobrança de valores para o ingresso nas áreas abertas ou para o uso de algum equipamento que já exista. Além disso, a população pode continuar entrando nos espaços com comidas e bebidas.
Além disso, devem ser mantidos no Parque da Jaqueira os horários de funcionamento mínimo das 4h às 22h todos os dias da semana.
Também não podem ser cobrados ingressos para o uso das quadras poliesportivas que já existam, apenas durante a realização de eventos, dos banheiros ou para a utilização de novos equipamentos implementados pela empresa.
Porém, podem ser cobrados valores de estacionamentos de veículos individuais ou coletivos.
Veja o que pode ser cobrado e se tornar fonte de receita para a concessionária, de acordo com a licitação da Prefeitura do Recife:
- Ingressos durante eventos privados
- Estacionamentos de veículos individuais ou coletivos
- Restaurantes, lanchonetes e similares
- Lojas em geral
- Aluguel de meios de transporte terrestre não motorizados
- Transporte dentro do parque
- Atividades de aventura, esportivas e recreativas
Dentre outras mudanças com a concessão do Parque da Jaqueira estão a vigilância e segurança privada pela empresa, contando com o apoio e suporte da Guarda Municipal.
A respeito do comércio e prestação de serviços, a Viva Parques do Brasil deve buscar produtos e atividades “compatíveis com demandas e necessidades compartilhadas do público dos parques no uso de cada espaço público em questão”.