O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 6, estar muito preocupado com a volta do discurso de que "temos só 15 semanas", numa referência à afirmação feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em encontro com representantes de movimentos de rua, esta semana em Brasília, de que o atual governo teria este prazo para mudar o País. "A (reforma) tributária não chegou, a administrativa não chegou, perdemos um ano com a PEC Emergencial", criticou o presidente da Câmara.
Em palestra "As reformas e a agenda parlamentar em 2020", na Fundação Fernando Henrique Cardoso, nesta sexta na capital paulista, Maia também criticou a postura do governo durante as discussões das reformas - tanto as já aprovadas quanto as em andamento.
Segundo ele, a reforma da Previdência "foi abandonada pela equipe do governo que saiu dos debates". "Foi o Parlamento quem colocou a pauta e tocou a pauta", disse.
Para Maia, "o Parlamento precisa não só reformar o Estado, mas também reformar os setores" como forma de atrair capital estrangeiro.
Coronavírus
O presidente da Câmara afirmou ainda que "o (surto) do coronavírus ajudou a justificar o desempenho da economia", mas ressalvou que "o resultado era sabido".
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A fala do presidente da Câmara vem dois dias após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que teve aumento de apenas 1,1%.
Participam também da palestra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP).
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