Pronunciamento

Bolsonaro pedirá para as pessoas não irem às ruas neste domingo

A fala, em rede nacional de rádio e tevê, terá inicio às 20h30

Estadão Conteúdo Douglas Hacknen
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Douglas Hacknen
Publicado em 12/03/2020 às 18:05 | Atualizado em 12/03/2020 às 18:20
SÉRGIO LIMA / PODER 360
Esta não é a primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus que o presidente Jair Bolsonaro faz passeios - FOTO: SÉRGIO LIMA / PODER 360

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fará na noite desta quinta-feira (12) um novo pronunciamento para pedir que as pessoas não compareçam , neste domingo (15), aos atos pró-governo convocado por apoiadores. A fala terá início às 20h30, com duração de aproximadamente 4 minutos.

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Bolsonaro havia dito na tarde de na última terça-feira (11) que o Coronavírus era uma ‘pequena crise’, que a doença era ‘mais fantasia’ e que não era ‘isso tudo’ que a mídia estava propagando. “O que eu ouvi até o momento [é que] outras gripes mataram mais do que essa”, afirmou.

Após um de seus secretários testar positivo para a doença, o mandatário fez exames e o resultado será divulgado nesta sexta-feira (13). O Secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajgarten, também esteve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Pronunciamentos

Deputados do PSL informaram que o presidente Bolsonaro deve pedir para que as pessoas deixem de ir às ruas no domingo e, com isso, cancelar a manifestação pró-governo, agendada para esse dia. A decisão pelo pronunciamento se dá depois do avanço dos casos de coronavírus.

"Seria prudente postergar. (coronavírus) Está tomando uma proporção que não imaginávamos e, apesar de querermos ir pra rua, a saúde e a integridade física das pessoas está em primeiro lugar", disse o vice-líder do governo na Câmara, deputado Carlos Jordy (PSL-RJ).

O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) também pede a suspensão do protesto. "É um momento grave para a saúde do Brasil. Será bom para imagem do presidente se o ato for cancelado. Depois vão surgir novos casos e vão colocar a culpa nas manifestações", disse.

Kicis tem defendido cautela. "Temos de ter responsabilidade", diz sobre possibilidade de cancelar atos. A deputada procurou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta manhã, para entender os riscos de se manter a manifestação e deve conversar com outras autoridades sobre o assunto. "Falei com o ministro e a previsão é que na próxima semana aumente muito o número de casos de coronavírus no Brasil. Diante disso temos de tomar muito cuidado", afirmou.

"Embora muitas pessoas estejam pedindo para manter (o evento), o mais importante agora é ter responsabilidade. Queremos fazer tudo com muito cuidado", disse a deputada.

Ligada aos movimentos das ruas, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) também tem defendido cautela e disse que aguarda posicionamento do Ministério da Saúde.

A manifestação chegou a ser convocada pelo presidente Jair Bolsonaro e também pela Secretaria de Comunicação do governo. Em vídeo publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter, o presidente afirmou que a manifestação é "espontânea" e "pró-Brasil", e não contra o Congresso ou o Judiciário. "Participem e cobrem de todos nós o melhor para todo o Brasil", declarou em evento em Boa Vista, Roraima, antes de viajar para Miami, nos Estados Unidos.

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