Golpe

Bolsonaro: Quem quer dar o golpe jamais vai falar que vai dar

O presidente alegou que não tomou medidas autoritárias em seu governo

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Publicado em 27/03/2020 às 18:45 | Atualizado em 27/03/2020 às 19:30
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A fala foi dita ao vivo - FOTO: Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 27, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Rede Band, que "quem quer dar um golpe jamais vai falar que via dar", ao ser perguntado se tem intenção de golpe de Estado.

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O presidente alegou que não tomou medidas autoritárias em seu governo e não agiu contra a imprensa brasileira. Ele também defendeu que não restringiu a liberdade na internet.

Coronavírus em São Paulo

Com diversas referências ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que alguns governadores querem "fazer número político" de números sobre as contaminações e mortes decorrentes do novo coronavírus. Durante entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Bolsonaro chegou a duvidar dos dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que tem o maior número de casos. "Não estou acreditando nesses números", disse o presidente.

Durante a conversa, Bolsonaro defendeu que as medidas de contenção da covid-19 devem ser tomadas de acordo com a "sazonalidade" e o local, mas não apresentou base científica para a estratégia.

"São Paulo tem lugares em que é frio, outros em que é quente. O Vale do Ribeira, por exemplo, é úmido. De acordo com a incidência tem que ter atuação diferente", declarou o presidente da República.

Bolsonaro avaliou que o número de 58 mortes em São Paulo é "muito grande" para a população. "Tem que ver o que está acontecendo aí. E não pode ser um jogo de números para favorecer interesse político", declarou.

O presidente também rebateu Doria sobre a preocupação do Brasil acabar em situação semelhante à de outros países, como a Itália, que apenas nesta sexta-feira informou o registro de quase mil mortes.

O total de mortes no país europeu chega a quase 8 mil. "Não adianta querer torturar números de fora do Brasil para justificar ações aqui dentro", afirmou.

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