Com Estadão Conteúdo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta terça-feira (31), que as ações do governo federal para diminuir os efeitos da crise causada pelo novo coronavírus já somam R$ 750 bilhões. A declaração ocorreu durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
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Os recursos são para para socorrer estados e municípios e melhorar o fluxo de caixa das empresas, além dos benefícios que vão diretamente para o trabalhador. "A orientação do presidente foi muito clara: não vai ficar nenhum brasileiro para trás. Todos os recursos necessários para a defesa da saúde do povo brasileiro e dos empregos do povo brasileiro serão mobilizados. Nós já passamos de R$ 750 bilhões no total para receber essa primeira onda, esse impacto sobre a saúde", disse Guedes.
Segundo o ministro, as ações do governo federal no enfrentamento ao coronavírus equivalem a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). "Nós já chegamos a 2,6% do PIB nesse orçamento de guerra, nessas medidas emergenciais", explicou.
Auxílio a informais
Na entrevista, Guedes também exaltou a criação do auxílio emergencial aos trabalhadores informais, classificada por ele como "a maior rede de proteção social já estendida" no País. A lei que oficializa o benefício, no entanto, ainda não foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, e a falta de agilidade nos pagamentos tem despertado críticas fora do governo. O ministro tampouco deu indicação de quando o dinheiro começará a ser liberado. O Ministério da Cidadania, porém, sinalizou com o início dos pagamentos na segunda quinzena de abril.
A criação de um auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais foi aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados e na segunda-feira (30) no Senado Federal. Desde então, a hashtag #PagaLogoBolsonaro tem sido uma das mais comentadas nas redes sociais, e há forte pressão do Congresso para que os repasses comecem logo.
O presidente precisa sancionar a lei, editar um decreto e publicar uma Medida Provisória, com vigência imediata, para liberar os recursos no Orçamento. Nenhuma dessas etapas foram cumpridas até o momento.
"É a maior rede de proteção social que já foi estendida", disse Guedes. "São entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões para a defesa da saúde dos brasileiros", acrescentou o ministro, sem dar qualquer indicação de quando começam os pagamentos.
Guedes disse que a medida deve beneficiar cerca de 38 milhões de brasileiros informais e, como numa espécie de vacina anticríticas ao valor do auxílio, fez comparações favoráveis à ajuda aprovada no Brasil.
"Do ponto de vista do déficit primário, estamos gastando bem mais que qualquer país da América Latina", disse o ministro. "Comparada à nossa renda per capita, (a ajuda aos informais) é igual à ajuda dos Estados Unidos, de US$ 1.200", afirmou.
O ministro também ressaltou que a ajuda aos trabalhadores formais deve injetar outros R$ 50 bilhões. "Pode sair hoje ou amanhã", disse. Para empregados com carteira assinada, o governo vai bancar uma parte do seguro-desemprego nos casos de redução de jornada e salário pelas empresas ou até suspensão do contrato
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