Eu fico aqui me perguntando: será que no meio desse pandemônio que a pandemia do vírus tem provocado nas pessoas não tenha uma autoridade com algum resquício de sensatez para ter coragem de chegar até o presidente da República e dizer a Jair Bolsonaro que ele está equivocado, que a Covid-19 não é “uma gripezinha” e que nem de longe está de malas arrumadas para ir embora? Não mesmo!
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Tão pouco seria demais pedir que o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta que tomasse um chá de ponderação e não se arvorasse de uma desnecessária teimosia para provocar a onça com vara curta? Para quem na infância teve uma professora que não hesitava em arremessar uma régua, um caneco de alumínio ou o apagador na cabeça de aluno conversador, o ditado popular é bem ilustrativo.
É que esses costumeiros desentendimentos entre as duas autoridades, que parece nem viver no mesmo país, se por um lado são um punhado de ingredientes para abastecer de opiniões apaixonadas as redes sociais, por outro semeiam na opinião pública dúvida, insegurança, incerteza.
Conta a história, que já no leito da morte, depois de governar Israel por 40 anos, o rei Salomão ainda encontrou segundo alguns estudiosos, forças para escrever um dos mais ilustrativos e atuais livros bíblicos. O Eclesiastes: “Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche”.
Seria prudente, ainda que por um momento que o egoísmo desse lugar ao bem comum, a coletividade.
Pense nisso!
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