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MBL pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro

'A própria direita se volta contra Bolsonaro', diz o deputado federal e líder do movimento, Kim Kataguiri

Bruna Oliveira
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Bruna Oliveira
Publicado em 27/04/2020 às 13:45 | Atualizado em 27/04/2020 às 16:12
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
O deputado federal e líder do MBL, Kim Kataguiri (DEM-SP) - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

O Movimento Brasil Livre (MBL) declarou, nesta segunda-feira (27), que irá protocolar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O motivo é o movimento considerar que "o presidente tenha cometido estelionato eleitoral".

Segundo o MBL, o pedido de impeachment será feito, porque o presidente cometeu três crimes de responsabilidade: incitou manifestações que pedia a volta do AI-5 e fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), descumpriu ordem de saúde pública ao comparecer a esses atos e cometeu quebra de decoro, além ter atitudes contrárias às suas declarações.

Em seu anúncio, o deputado federal e líder do MBL Kim Kataguiri (DEM-SP), disse que o governo de Bolsonaro é inviável. "Nenhum plano aprovado por ele vai ser elevado em frente. A própria direita se volta contra o presidente", disse.

Ele também citou que Bolsonaro prometeu combate à corrupção, mas já há algum tempo sinaliza que não tem compromisso com isso, mas sim em blindar a própria família e aliados. Como forma de exemplo, ele falou dos episódios que envolvem a demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, anunciada na sexta-feira (24), e disse que a preocupação do presidente com relação à diretoria geral da Polícia Federal (PF) é de blindar os filhos de investigações.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) está sendo investigado pela PF como articulador de esquema criminoso de fake news, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está sendo investigado de desvio público por meio de salário de assessores.

Além disso, Kim também informou em seu discurso que Bolsonaro deixou de cumprir outras promessas feitas em campanha, como o plano de retomada econômica não ser liberal, veto ao projeto que limita o poder do supremo e a atitude se sancionar a lei de abuso de autoridade. O deputado também fez crítica à escolha de Augusto Aras como procurador-Geral da República, que, segundo ele, se opõe à Operação Lava Jato.

Manifestação online

O MBL também informou que no domingo (3) estará realizando uma manifestação online, que será feita desta forma devido à pandemia do novo coronavírus, em todas as redes sociais com #forabolsonaro. O ato também contará com uma transmissão ao vivo com figuras políticas, artistas, formadores de opinião e outras pessoas contra o presidente

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