Esclarecimentos

Sergio Moro chega para prestar depoimento na superintendência da Polícia Federal de Curitiba

Ex-ministro acusou presidente Jair Bolsonaro de interferência na PF

Agência Brasil
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Publicado em 02/05/2020 às 13:59 | Atualizado em 02/05/2020 às 14:16
Franklin Freitas/AFP
Moro chegou à sede da PF evitando o portão principal - FOTO: Franklin Freitas/AFP

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, chegou no início da tarde deste sábado (2) à sede da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná, para prestar depoimento sobre as acusações que fez contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre uma possível interferência na PF.

Na chegada, o ex-juiz evitou entrar pela entrada principal, optando por um segundo portão. O depoimento estava marcado para começar às 14h, sem previsão para acabar.

O depoimento de Moro foi marcado pela presença de militantes na frente da sede da PF em Curitiba. Tanto apoiadores dele como de Jair Bolsonaro foram para o local, criando até certo embate entre os dois lados.

Mais cedo, na saída do Palácio do Alvorada, Bolsonaro chamou o ex-ministro de Judas e o acusou de traição. A fala foi repetida nas redes sociais.

O interrogatório foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que conduz a investigação.

Celso de Mello antecipou o depoimento de Sergio Moro após analisar pedido de parlamentares de partidos da oposição. Inicialmente, o prazo dado pelo ministro era de 60 dias. A oitiva será a primeira medida tomada no inquérito aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar suposta tentativa de interferência na PF ou crime de denunciação caluniosa.

Procuradores acompanham

Nessa sexta-feira (1), o Procurador-Geral da República Augusto Aras designou os procuradores da República João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis para acompanhar todas as diligências a serem realizadas pela Polícia Federal no inquérito.

Demissão

O ex-ministro Sergio Moro pediu demissão do cargo deixando o governo do presidente Jair Bolsonaro após quase 16 meses à frente da pasta. Ao anunciar sua decisão, Moro acusou o governo de interferir politicamente na Polícia Federal.

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