Foi entregue na noite desta sexta-feira (8) pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o vídeo da reunião ministerial entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e outros auxiliares.
Entregue à Corte em um HD externo, o conteúdo está em sigilo temporário de justiça, imposto pelo decano, ministro Celso de Mello. “Determino que incida, em caráter temporário, a nota de sigilo sobre o HD externo encaminhado a esta Corte, no dia de hoje, pelo Senhor Advogado-Geral da União, mediante petição protocolada sob o nº 29.860/2020”, determinou.
“Esse sigilo, que tem caráter pontual e temporário – autorizado pela cláusula inscrita no art. 5º, inciso LX, da Constituição da República, cuja possibilidade de aplicação expressamente ressalvei na decisão proferida no dia 05/05/2020 –, será por mim levantado, em momento oportuno”, informou.
O pedido foi feito após o depoimento do ex-ministro Sergio Moro alegando que o presidente teria pressionado o ex-juiz a trocar o comando da Polícia Federal. No primeiro pedido, o governo justificou que a reunião tratou de "assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado", e pediu a reconsideração do decano para enviar a gravação.
Durante a tarde de hoje a AGU havia enviado documentação querendo saber quem iria ter acesso ao vídeo da reunião.
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