O ex-ministro da Saúde do Governo Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (DEM), criticou a condução que o presidente brasileiro vem fazendo da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Em entrevista à CNN dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (13), o médico afirmou que a influência do presidente Donald Trump sobre Bolsonaro só funciona parcialmente.
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Exibida pouco antes da divulgação do exame de covid-19 de Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na entrevista, Mandetta disse que não chegou a ter acesso ao conteúdo do teste, mas lembrou que o chefe do Executivo esteve presente na caravana da "viagem do coronavírus", que teve várias pessoas do governo brasileiro contaminadas.
In March, Brazilian President Bolsonaro visited President Trump in Florida.
— Christiane Amanpour (@camanpour) May 13, 2020
Bolsonaro’s former Health Minister @lhmandetta says that, “from the people that went with him, 17 tested positive in about 15 days after they arrived. So this trip was really a corona trip.” pic.twitter.com/QKDoQYwPS3
"O que eu sei é logo depois que ele fez uma viagem aos EUA, na qual todos eles [a comitiva presidencial] jantaram com o presidente [Donald] Trump e o cara da comunicação [o chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten] voltou no avião com a doença. Das pessoas que viajaram com ele, 17 testaram positivo até 15 dias depois que ele chegou. Essa viagem foi uma viagem do coronavírus", afirmou Mandetta.
O ex-ministro disse considerar que a influência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o chefe do Executivo brasileiro, só funciona parcialmente, já que Trump voltou atrás em algumas ações sobre o coronavírus. "Infelizmente, ele é um dos poucos líderes mundiais que continua com esse posicionamento que a economia deve voltar a qualquer custo e que a perda de empregos será pior e que as pessoas deveriam se preocupar em como manter a economia ativa", disse Mandetta na conversa com a jornalista Christiane Amanpour.
"Então é bem difícil dizer às pessoas que devemos que deixar a doença seguir seu curso natural e não nos expormos. O Trump ao menos voltou atrás", destacou.
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