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'Tentam deturpar minha fala para desestabilizar a nação', diz Weintraub

Weintraub afirmou não ter atacado leis, instituições ou "a honra de seus ocupantes"

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Publicado em 24/05/2020 às 15:43 | Atualizado em 24/05/2020 às 15:43
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
A decisão de pedir demissão foi tomada após o ministro sofrer ataques dentro e fora do governo - FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, utilizou sua conta no Twitter neste domingo (24) para se manifestar com relação à repercussão de suas declarações durante reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro, dia 22 de abril.

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"Tentam deturpar minha fala para desestabilizar a Nação. Não ataquei leis, instituições ou a honra de seus ocupantes. Manifestei minha indignação, LIBERDADE democrática, em ambiente fechado, sobre indivíduos. Alguns, não todos, são responsáveis pelo nosso sofrimento, nós cidadãos", escreveu Weintraub.

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Na sexta-feira, 22, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, liberou a divulgação de vídeo da reunião entre o presidente Bolsonaro e ministros. A reunião ministerial e mensagens enviadas por celular foram citadas pelo ex-ministro Sérgio Moro como prova da tentativa de interferência do presidente Bolsonaro na Polícia Federal.

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Durante a reunião, Weintraub chegou a dizer: "Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF". Ao levantar o sigilo do vídeo da reunião, o decano do STF apontou aparente "prática criminosa" na conduta de Weintraub, "num discurso contumelioso (insultante) e aparentemente ofensivo ao patrimônio moral" em relação aos ministros da Corte. Para Celso de Mello, a declaração de Weintraub põe em evidência "seu destacado grau de incivilidade e de inaceitável grosseria" e configuraria possível delito contra a honra (como o crime de injúria).

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