O governo federal nomeou Arnaldo Correia de Medeiros como novo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A nomeação foi assinada pelo ministro chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, e publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (5).
O nome de Arnaldo Correia foi indicado pelo líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB). O partido faz parte do chamado "Centrão" e tem como principal liderança o ex-deputado Valdemar Costa Neto.
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Medeiros vai assumir o cargo no lugar de Wanderson de Oliveira, servidor público com mais de 15 anos no Ministério da Saúde que pediu para deixar o cargo no último dia 15, em meio à crise da pandemia do novo coronavírus. Ele era próximo do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Ambos defendiam o isolamento social como estratégia de contenção do vírus, diferente do que defende o presidente Jair Bolsonaro.
Formação
Arnaldo Correia de Medeiros é professor da Universidade Federal da Paraíba, graduado em ciências farmacêuticas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele tem mestrado em bioquímica e imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado em ciências biológicas (Bioquímica) pela Universidade de São Paulo (1995), com programa de Doutorado sanduíche no Imperial Cancer Research Foundation (Londres) e Especialização em Gestão Hospitalar pelo Hospital Sírio-Libanês.
A Secretaria de Vigilância em Saúde é a responsável por acompanhar a disseminação do coronavírus no país e pelas ações de prevenção. O cargo estava sendo ocupado temporariamente por Eduardo Macário.
Centrão
O governo passou a negociar com o Centrão em troca de apoio diante da escalada da crise política, acentuada pela demissão do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. As acusações feitas pelo ex-juiz levaram a oposição a falar em CPIs e processo de impeachment contra Bolsonaro. Até então despreocupado com a manutenção de uma base sólida no Congresso Nacional, o presidente passou a recorrer ao Centrão em busca de "blindagem".
Na última semana, o Centrão já havia conseguido emplacar no governo federal Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), para a presidência do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
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