O empresário Carlos Wizard, que estava atuando como conselheiro no Ministério da Saúde, publicou uma nota neste domingo (7) anunciando sua decisão de deixar a pasta. Wizard era indicado para assumir a secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, apesar de que sua nomeação ainda não tinha sido oficializada.
Wizard também pediu desculpas por declarações que deu durante sua passagem pelo Governo.
Carlos Wizard, o cara que foi, tenta ser contador de mortos do Ministério da Saúde
Ele havia dito ao jornal O Globo que o Ministério iria recontar o número de mortos porque os dados seriam "fantasiosos ou manipulados".
Ao Estadão, Wizard havia afirmado que o Governo não planejava "desenterrar mortos", e sim "rever critérios" dessas mortes. Segundo ele, Estados e municípios estariam inflando o número de óbitos para obter benefícios federais. A informação teria sido repassada por uma "equipe de inteligência militar" do Ministério da Saúde.
A iniciativa foi criticada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, que enxergou uma tentativa "autoritária, insensível, desumana e anti-ética" de dar inviabilidade aos mortos pelo coronavírus". "Não prosperará. Nós e a sociedade brasileira não os esqueceremos e tampouco a tragédia que se abate sobre a nação", disse o presidente da entidade, Alberto Beltrame.
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