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Em Pernambuco, ministro do Desenvolvimento Regional libera R$ 67 milhões para obras hídricas

O auxiliar do presidente Jair Bolsonaro também participou de inaugurações e anunciou investimentos para o Metrô do Recife

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Publicado em 22/06/2020 às 22:17 | Atualizado em 22/06/2020 às 22:18
Foto: Divulgação/ Compesa
Obras da Adutora do Agreste receberão R$ 24 milhões do MDS - FOTO: Foto: Divulgação/ Compesa

Estruturas essenciais para minimizar os efeitos da estiagem no Nordeste, as obras do Ramal e da Adutora do Agreste receberam, na última segunda-feira (22), aportes de R$ 67 milhões do Ministério de Desenvolvimento Regional. O anúncio foi feito pelo ministro Rogério Marinho durante passagem pelo Estado, onde também participou de inaugurações e comunicou investimentos no Metrô do Recife (Metrorec), administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Atualmente, 58,74% das obras do Ramal do Agreste já foram executadas. Quando estiver concluída, a estrutura possibilitará que as águas da Transposição do Rio São Francisco cheguem a aproximadamente 70 municípios da região, mas, para tanto, é necessário que a Adutora do Agreste também fique pronta, sendo necessária a conclusão dos 25% da primeira fase do empreendimento que restam ser finalizados.

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“O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou que não deixemos obras paradas. Empreendimentos que garantem segurança hídrica são ainda mais importantes, pois garantem as condições para levar saneamento e saúde às pessoas, mantém os empregos e a economia funcionando. Estamos garantindo que não faltem recursos. Durante a visita, assinamos o pagamento de R$ 43,4 milhões para a continuidade das obras do Ramal do Agreste. Mais de 2,2 milhões de pessoas serão beneficiadas quando ele estiver concluído”, afirmou Marinho em sua conta no Twitter, referindo-se à obra tocada pelo MDR. A previsão do governo federal é que o serviço seja concluído em junho de 2021.

A obra da Adutora, por sua vez, foi dividida em duas fases e está sendo administrada pelo governo de Pernambuco com recursos federais. Segundo a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Estado, Fernandha Batista, a expectativa é que a primeira fase do trabalho - orçado em R$ 1,2 bilhão - seja feito até a metade do próximo ano. “Até o momento, resta o repasse de R$ 246 milhões para a conclusão das obras. Para o ano de 2020, de acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA), está prevista a liberação de R$ 35 milhões, dos quais R$ 11 milhões já haviam sido liberados. Os R$ 24 milhões restantes foram liberados hoje (ontem) e permitirão manter o ritmo de obra até o mês de setembro. Para que seja possível manter a velocidade de execução até o mês de dezembro, é necessário que, além dos valores previstos na LOA, sejam repassados R$ 46 milhões de suplementação orçamentária financeira”, pontuou.

Ao lado de aliados como o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), Marinho iniciou sua visita a Pernambuco pela cidade de Petrolina, no Sertão, reduto eleitoral do parlamentar. No local, o ministro deu início à entrega das chaves de 496 unidades habitacionais no Residencial Pomares de Petrolina 1 - obra que contou com o investimento de R$ 39,6 milhões do governo federal -, inaugurou a nova sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e anunciou uma nova linha de crédito para irrigantes da região.

Já no Recife, o ministro encontrou-se com o superintendente da Sudene, Evaldo Cruz Neto, e autorizou o repasse de R$ 22,8 milhões para o metrô. “Os investimentos na CBTU serão aplicados na duplicação da via permanente da linha Diesel no trecho Cajueiro Seco - Cabo (R$ 14,1 milhões), em acessibilidade nas estações de Cabo de Santo Agostinho (R$ 556 mil) e recuperação das coberturas de 6 estações (R$ 8,2 milhões)”, disse Marinho. Por volta das 19h, o auxiliar de Bolsonaro reuniu-se com o governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas.

TRANSPOSIÇÃO

Pela manhã, em entrevista à Rádio Jornal, Rogério Marinho afirmou que o governo federal estuda relicitar o trecho pernambucano da ferrovia Transnordestina, que atualmente está com as obras paralisadas. “O trecho de Pernambuco, fazemos as tratativas para retirar da concessão já que a empresa teve dificuldade de prosseguir. A ideia é relicitar esse ano e já há interessados para que não haja descontinuidade da obras. A ideia é entregar para a iniciativa privada”, declarou o ministro.

Subsidiária do grupo CSN, a Transnordestina Logística S.A. era a responsável pela construção da ferrovia, mas afirmou não ter mais interesse em tocar o trecho pernambucano da obra, que passa ainda pelos estados do Ceará e Piauí. Aqui, estão finalizadas as faixas entre as cidade de Trindade e Salgueiro, e de Salgueiro até Custódia. Ao todo, a ferrovia já custou R$ 7,1 bilhões. Para a sua conclusão, será necessário o investimento de mais R$ 6,3 bilhões.

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