Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada nesta quinta-feira (2), o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que pode escolher ainda hoje o novo ministro da Educação.
Os apoiadores reivindicaram o retorno das aulas em meio à pandemia do coronavírus e, ao citar a demissão de Carlos Alberto Decotelli, ex-ministro da pasta, Bolsonaro afirmou que trabalha em uma nova nomeação. "Talvez escolha hoje o ministro da Educação. Deu problema com o Decotelli".
» No dia em que tomaria posse, Decotelli deixa MEC após incongruências no currículo
Decotelli pediu demissão cinco dias após ter sido anunciado para assumir a pasta na vaga deixada por Abraham Weintraub. No dia em que tomaria posse, no entanto, ele deixou o MEC, após uma série de revelações de que havia informações falsas em seu currículo. A cerimônia oficial nem chegou a acontecer.
Na conversa do Palácio, enquanto os apoiadores pediam o adiantamento no retorno das aulas, o chefe de Estado comentou, ainda, que a "educação está horrível no Brasil". "O STF decidiu que não sou eu quem decido", afirmou, por conta da decisão do Supremo das competências com relação às medidas de isolamento social serem atribuídas aos governadores e prefeitos.
Candidatos
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já vai escolher o quarto ministro da Educação do seu governo e, agora, em meio a uma série de demandas para o setor como a prorrogação do Fundeb e volta às aulas.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o nome do atual reitor no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correa, é um nome forte para assumir o Ministério. Além de evangélico, Correa passou a consolidar apoio de vários grupos que indicam nomes ao presidente.
Um segundo nome entre os possíveis indicados é o do ex-pró-reitor da FGV Antonio Freitas, Gilberto Gonçalves Garcia, formado em filosofia.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) na gestão do também ex-ministro da Educação Ricardo Vélez, Marcus Vinícuis Rodrigues, é um dos nomes cotados.
Na disputa, também está Benedito Guimarães Aguiar Neto, evangélico, que foi reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e hoje é presidente da Capes.
O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que esteve com Bolsonaro na semana passada também voltou a ter o nome cotado para comandar a pasta.
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