Em meio a rumores de que o economista Paulo Guedes deixaria o governo Bolsonaro, após seguidas divergências entre a equipe econômica e demais membros do governo, o Ministério da Economia negou, nesta quarta-feira (26), que o chefe da pasta teria pedido demissão. O centro da turbulência gira em torno do Renda Brasil, programa social que o governo federal queria criar para substituir o Bolsa Família. A pasta também negou a realização de uma coletiva do ministro Paulo Guedes para anunciar o desembarque do governo.
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Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter explicitado pontos discordantes em relação à proposta da equipe econômica para o Renda Brasil, ele afirmou que não vai enviar o projeto de Guedes para o Congresso Nacional. Em discurso, durante cerimônia em Ipatinga-MG, Bolsonaro disse que suspendeu a apresentação do novo programa social e fez críticas que podem ter sido direcionadas a Guedes. “A proposta como a equipe econômica apareceu para mim não será enviada ao Parlamento, não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos”, afirmou.
Informações de pessoas do governo indicam que as propostas do ministro visam retirar recursos do abono salarial do Pis/Pasep o de outros benefícios para a criação do Renda Brasil. Guedes defenderia ainda o fim das deduções de saúde e educação do Imposto de Renda, da Farmácia Popular e do seguro defeso para sustentar o novo programa.
Resposta do Ministério
Durante a tarde desta quarta, a assessoria de imprensa do Ministério da Economia divulgou uma nota informando Guedes segue trabalhando normalmente. “Não procede marcação de coletiva para pedido de demissão. Ministro continua despachando normalmente. Estava em reunião com secretários de Fazenda, conforme agenda”, informou.
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