Mais uma etapa da Operação Lava Jato acontece nesta quarta-feira (9). Desta vez, escritórios de advocacia são alvos da ação. Os advogados Frederick Wassef, que já representou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e Cristiano Zanin, que defende o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), estão entre os acusados.
A Operação E$quema S é um desdobramento da Lava Jato e investiga desvios de, pelo menos, R$ 150 milhões do Sistema S do Rio de Janeiro, composto pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio/RJ), o Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac RJ), através de escritórios de advocacia no RJ e em São Paulo.
A operação é baseada em uma delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio. Diniz foi preso em 2018, mas foi solto por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo ano.
Além dos escritórios de Zanin e Wassef, a ação realiza buscas e apreensões em cerca de 50 endereços nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Ana Tereza Basílio também é alvo das investigações. A advogada é apontada como uma das chefes do esquema, que supostamente gerenciava propinas a agentes públicos.
De acordo com a Polícia, os acusados são suspeitos da prática estelionato, peculato, tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa e sonegação fiscal. Apesar de Zanin ser advogado de Lula, e Wassef ex-advogado de Bolsonaro, nenhum dos políticos aparece envolvido no suposto esquema.
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