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Rodrigo Maia restringe pagamento do auxílio-mudança, benefício que engorda contracheque dos deputados

O dinheiro "extra" serve para custear despesas referentes à mudança do parlamentar para Brasília

Estadão Conteúdo
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Publicado em 15/09/2020 às 21:45 | Atualizado em 15/09/2020 às 21:56
NAJARA ARAÚJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Para Rodrio Maia, auxílio emergencial não deve ser prorrogado para 2021 - FOTO: NAJARA ARAÚJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
 
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), restringiu o pagamento de um benefício que ajuda a engordar o contracheque de deputados. A partir de agora, parlamentares reeleitos ou que já morem no Distrito Federal não poderão mais receber o auxílio-mudança, que equivale a um salário a mais - R$ 33,7 mil - no início e no fim do mandato. Os demais, no entanto, continuarão a receber.
O dinheiro "extra" serve para custear despesas referentes à mudança do parlamentar para Brasília. É pago duas vezes: no início e no fim do mandato. O "penduricalho" está previsto em um decreto de 2014 e também existe no Senado.
O texto, no entanto, não trata de qualquer restrição para deputados e senadores reeleitos recebem duas vezes - ao deixar o antigo mandato e ao assumir o novo. Com isso, parlamentares que continuavam em Brasília poderiam levar, cada um, R$ 67.526, além do salário. Também não havia restrição a quem já é do Distrito Federal, e não precisa mudar de cidade para exercer o mandato em Brasília.
O Estadão mostrou no fim de 2018 que Câmara e Senado gastaram R$ 20 milhões com auxílio-mudança pagos a 298 deputados e senadores reeleitos em outubro daquele ano. Após a reportagem, ao menos quatro parlamentares abriram mão do benefício.
O ato da Mesa Diretora veta a ajuda de custo pago no fim do mandato a deputados que não fiquem ao menos seis meses no cargo. "Não parece razoável que se pague ajuda de custo aos deputados que venham exercer o mandato parlamentar apenas por poucos dias, mormente porque nesses casos não existe uma efetiva mobilização para o exercício do mandato. Nesse sentido, a administração da Casa já não paga a ajuda de custo aos deputados que assumem o mandato apenas durante o recesso parlamentar", diz o ato.
 

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