DESAFIOS URBANOS

O potencial de educação ambiental de parques metropolitanos

Cidades do Grande Recife têm poucas opções de visitação a áreas de preservação

Amanda Rainheri
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Amanda Rainheri
Publicado em 25/10/2020 às 7:00
ANDRÉA RÊGO BARROS/PREFEITURA DO RECIFE/DIVULGAÇÃO
Jardim Botânico do Recife - FOTO: ANDRÉA RÊGO BARROS/PREFEITURA DO RECIFE/DIVULGAÇÃO

Qualidade de vida passa pela oferta de espaços públicos adequados para a população. Mas nas cidades da Região Metropolitana do Recife faltam parques e equipamentos de lazer, principalmente para quem vive em situação de vulnerabilidade. O quadro é ainda mais desafiador porque os futuros prefeitos assumirão pendências com orçamentos reduzidos devido à pandemia da covid-19. Confira no sétimo domingo do especial Desafios Urbanos.

Para além do lazer, equipamentos públicos como parques e praças desempenham papel de educação ambiental. No Recife, o Jardim Botânico, no bairro do Curado, Zona Oeste, está inserido em uma unidade protegida com 10,7 hectares de mata atlântica. Mas as áreas de preservação com visitação aberta na Região Metropolitana ainda são escassas ou pouco conhecidas.


O Jardim Botânico tem jardins temáticos, onde é possível observar cactos, bromélias, orquídeas, palmeiras, plantas medicinais e tropicais. Recentemente, a Prefeitura do Recife inaugurou três novos espaços no equipamento: a Arena Arbor, o Jardim de Biomas e um centro de compostagem.

Paulista possui sete Unidades de Conservação (UC) próprias,
categorizadas em uso sustentável — onde é possível realizar visitação, educação ambiental e pesquisa — e de proteção integral, de uso mais restrito. Todas as unidades de conservação são monitoradas pelo núcleo de sustentabilidade da Secretaria-Executiva de Meio Ambiente (Sema) da prefeitura.

Em Olinda, a área de preservação ambiental para visitação é a Mata do Passarinho, na área rural do município, com 14 hectares e mais de 30 espécies de árvores. O tour é feito mediante agendamento junto à Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, mas está suspenso devido à pandemia da covid-19.

O município ainda conta com um espaço pouco conhecido. O Horto Del Rey, no Sítio Histórico, foi o segundo jardim botânico do País, criado em 1811. A área privada tem potencial para visitação e pesquisa. Entraves jurídicos impediram que a gestão adquirisse o espaço, que já foi afetado com o passar dos anos. “Dos 30 hectares que existiam, hoje só restam nove”, lamenta a arquiteta e urbanista Sônia Calheiros, diretora de Planejamento e Ordenamento Territorial da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). Segundo a Prefeitura de Olinda, existe a intenção de comprar o horto, mas o Executivo municipal analisa a viabilidade econômico-financeira.

Em Jaboatão dos Guararapes, a gestão informou que não há opções de visitação em áreas de preservação, além do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, mantido pelo Exército brasileiro. 

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