Reforma

Guilherme Rocha é cotado para a chefia de gabinete de Paulo Câmara

O administrador de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha está sendo cotado para assumir a chefia de gabinete do governador, em substituição a Milton Coelho (PSB)

Mirella Araújo Luisa Farias
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Mirella Araújo
Luisa Farias
Publicado em 22/01/2021 às 18:45
HEUDES RÉGIS/DIVULGAÇÃO
PERFIL Atual administrador de Fernando de Noronha, Guilherme é próximo do governador Paulo Câmara - FOTO: HEUDES RÉGIS/DIVULGAÇÃO
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Enquanto o prefeito João Campos (PSB) ainda precisa designar os cargos de segundo e terceiro escalão da Prefeitura do Recife, a reforma administrativa no governo Paulo Câmara (PSB) dá sinais de que está mais perto de ser concluída. O administrador de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha está sendo cotado para assumir a chefia de gabinete do governador, em substituição a Milton Coelho (PSB), suplente de João Campos, que assumiu o mandato de deputado federal. 

Caso tenha o nome confirmado, Guilherme Rocha poderia assumir o cargo no mesmo dia da posse no novo secretário de Desenvolvimento Agrário, o deputado estadual licenciado Claudiano Martins Filho (PP) marcada para o próximo dia 29 de janeiro. Depois de anunciar o rompimento com o governo Paulo Câmara, o PT ainda não entregou os cargos no governo, em especial a secretaria, chefiada até então por Dilson Peixoto (PT).

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O cargo em Noronha é da cota do PP, que deve indicar o substituto de Guilherme Rocha no cargo. A indicação do administrador de Noronha é privativa do governador, mas precisa ser aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), conforme previsto na Constituição Estadual.

A Casa está no período de recesso, mas a expectativa é que não seja necessária uma autoconvocação - como ocorreu para aprovar a prorrogação do Estado de Calamidade Pública no estado e nos municípios - pois falta pouco para o retorno das atividades legislativas, em 1º de fevereiro.

O novo nome indicado pelo governador deve passar na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Casa e só depois segue para o plenário, onde precisa ser aprovado por maioria absoluta, ou seja, 25 votos favoráveis. Quando teve seu nome submetido à Alepe, em junho de 2018, Guilherme Rocha foi aprovado pela unanimidade dos deputados. 

Assim que voltar do recesso, por se tratar do início de um novo biênio, os deputados farão a eleição da presidência e vice-presidência das comissões permanentes, o que pode atrasar a aprovação do nome do novo administrador.  

Espaços demais

Diante da insatisfação e espera de outros partidos para serem acomodados pelo governador Paulo Câmara, há quem veja o tamanho dado hoje, ao PP, como algo "desproporcional" dentro do governo. O mesmo argumento utilizado pelos progressistas de que possuem uma estrutura de peso com 11 deputados estaduais e a presidência da Assembleia Legislativa, sendo o terceiro partido a eleger mais prefeitos no Estado e na capital ocupar quatro cadeiras na Câmara Municipal e a 1º secretária da Mesa Diretora, também é usado por quem acredita que seja necessário frear esse avanço no Executivo.

Ao ocupar a Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, com Cloves Benevides, a Secretária de Desenvolvimento Agrário, com a posse do deputado estadual licenciado Claudiano Martins Filho marcada para o dia 29 de janeiro, conforme antecipado pelo JC, e a presidência do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe), com Flavio Gouveia, existe uma corrente que defende que a indicação da administração de Fernando de Noronha seja da cota do governador e não partidária. 

“Deveria ter uma distribuição melhor destes espaços para contemplar outras legendas. No caso específico de Fernando de Noronha, é importante frisar que o perfil não pode ser apenas uma acomodação partidária. O administrador precisa ter um bom trânsito entre os secretários”, afirmou um socialista, em reserva.

Mesmo que o atual administrador seja da cota do PP, é notório entre os governistas que Guilherme Rocha possui uma aproximação muito mais forte com o governador Paulo Câmara do que com o próprio partido. “Caso a ida de Guilherme se concretize, isso não é visto como uma ampliação do espaço do PP. Ele construiu uma relação de proximidade e confiança com o governador”, afirmou uma fonte socialista, também sob reserva. No entanto, a indicação para sucessão de Rocha se manteria com o partido de Eduardo da Fonte.

Até mesmo os progressistas admitem essa maior ligação com o PSB. "O PP não tem nada a ver, é mérito dele, articulação dele com João Campos (eventual ida para a chefia de gabinete do governador)", diz um deles em reserva. Guilherme Rocha já foi diretor do Lafepe, chefe de gabinete da Secretaria da Casa Civil e Oficial de Gabinete do ex-governador Eduardo Campos.

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