Lira diz que, se eleito, não transformará presidência em trono
No discurso em defesa da sua postulação, o candidato a presidente da Câmara criticou a forma como o parlamento tem sido conduzido nos últimos dois anos
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"Ao presidente não cabe falar, apenas ouvir, menos eu e mais nós, sem personalismo", dispara Lira - SERGIO LIMA/AFP
Com um discurso enaltecendo a representatividade conferida a cada um dos parlamentares e a importância de uma Câmara dos Deputados que não centralize seu poder na figura do presidente da Casa, o discurso do deputado federal Arthur Lira (PP-AL), não poupou críticas à forma como o atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem conduzido os trabalhos legislativos nestes últimos dois anos.
“Tendo em vista a representatividade deste plenário, coloquei desde o inicio, que teremos uma nova forma de funcionamento desta instituição, que não podem ser submissos, subalternos a vontade de apenas um. A Câmara tem que ser de todos, não pode continuar sendo a Câmara do ‘eu’”, disparou o progressista, sendo bastante aplaudido pelo Plenário.
O parlamentar alagoano também declarou que a cadeira a ser ocupada pelo futuro presidente da Casa, não pode ser vista como um “trono”, prometendo aos deputados que, caso eleito, voltará a realizar reuniões para debater a pauta com antecedência e que daria voz a todos independente do espectro político.
“Temos que dar voz a todos os deputados e deputadas. Tirar o superpoder da presidência para devolver para seu único e legítimo dono, o plenário da Câmara dos Deputados”, discursou. Integram o bloco de Lira, que é o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os seguintes partidos: PSL, PP, PSD, PL, Republicanos, Podemos, PTB, Patriota, PSC, Pros e Avante. Eles somam 236 deputados ao todo.
