Advocacia-Geral da União

André Mendonça cita trechos bíblicos no STF para defender liberação de cultos

"Ser cristão, na sua essência, é viver em comunhão não apenas com Deus, mas também com o próximo, ser cristão é estar junto ao próximo, é ter compaixão do próximo", destacou Mendonça

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Do jornal O Povo para a Rede Nordeste

Publicado em 07/04/2021 às 17:56 | Atualizado em 07/04/2021 às 18:00
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O advogado geral da União, André Mendonça, citou trechos da Bíblia na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) para defender a liberação de cultos católicos e evangélicos, mesmo no curso do pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil.

A Suprema Corte julga Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 811 nesta quarta-feira (7). A ADPF foi ajuizada pelo Partido Social Democrático (PSD) contra decreto estadual aplicado em São Paulo que suspende a realização destes cultos religiosos.

O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, negou o pleito do PSD. Na prática, o resultado da decisão colegiada se aplicará a todo os estados.

Mendonça citou o Ato dos Apóstolos, ancorando-se em trechos que pregam que a vida cristã se dá em comunidade.

"Ser cristão, na sua essência, é viver em comunhão não apenas com Deus, mas também com o próximo, ser cristão é estar junto ao próximo, é ter compaixão do próximo", destacou Mendonça.

"E ter compaixão é chorar junto, lamentar junto, dar o suporte necessário para que aqueles que se aproximam possam superar suas dificuldades".

O ministro também citou o evangelho de São Mateus, no ponto em que Jesus Cristo diz que "por onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei em nome deles'."

A comunidade científica e as autoridades sanitárias têm insistido, por outro lado, que a reunião de duas, três ou mais pessoas deve ser evitada, de modo a atenuar o poder de contágio da Covid-19.

Nessa terça-feira, 6, o País atingiu a marca de 4.195 óbitos, recorde de mortos em 24 horas desde o início da propagação do vírus.

O ministro Kássio Nunes Marques decidiu de modo individual, no último sábado, 3, que igrejas católicas e evangélicas poderiam abrir as portas para celebrações.

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