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Procuradoria abre apuração sobre denúncia de propina em compra de vacina

Dinheiro teria sido solicitado pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde

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Estadão Conteúdo, Douglas Hacknen

Publicado em 12/07/2021 às 20:34 | Atualizado em 12/07/2021 às 20:34
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*Com informações da Folha de S. Paulo

O suposto pedido de propina por parte de ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, para compra de vacina será investigado pela Procuradoria da República no Distrito Federal (PR/DF). Nesta segunda-feira (12), o órgão abriu uma apuração preliminar sobre o caso. Conhecida tecnicamente como notícia de fato, a apuração consiste no levantamento de informações iniciais sobre o ocorrido e pode levar a desdobramentos nas áreas criminal e administrativa. As informações são da Folha de S.Paulo.

O caso foi enviado inicialmente à procuradora Melina Montoya Flores, que instaurou o procedimento, mas está a cargo do 28º Ofício da Procuradoria, cujo titular é Cláudio Drewes. A apuração tramita sob sigilo e tem prazo de 30 dias, que pode ser prorrogado

À CPI, o ex-diretor disse que se encontrou por acaso com o policial Luiz Paulo Dominghetti no restaurante Vasto, em um shopping na região central de Brasília (DF). Dias ainda jogou sobre a Secretaria-Executiva da Saúde, área dominada por militares durante a gestão de Eduardo Pazuello, responsabilidades por definir preços, volumes e as empresas contratadas nas negociações por vacinas.

Dias foi preso pela Polícia do Senado após ordem do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Ele foi liberado no mesmo dia, após o pagamento de fiança no valor de R$ 1,1 mil.

Advogada deixa defesa de Dias

A advogada Maria Jamile José deixou a defesa do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, nesta segunda-feira. Segundo ela, a saída se deu por "razões de ordem profissional" e em "comum acordo com o cliente".

Maria Jamile acompanhou Roberto Dias no depoimento à CPI da Covid, na última quarta-feira, 7. Na ocasião, ele recebeu voz de prisão do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM) por falso testemunho.

A advogada acompanhou todo o procedimento burocrático na polícia legislativa, que durou cerca de seis horas, e providenciou os trâmites para que o ex-diretor fosse liberado após pagamento da fiança estipulada em R$ 1.100. Diante dos policiais do Senado, Dias poderia reparar pontos do depoimento prestado aos senadores. Contudo, ele sustentou ter dito apenas a verdade e não mudou nenhum aspecto de sua versão.

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