MEDIDA PROVISÓRIA

Bolsonaro entrega nesta segunda ao Congresso a MP que cria o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família

Apesar de o texto ser enviado ao Congresso nesta segunda, o valor do benefício só será definido no final do ano

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Marcelo Aprígio

Publicado em 09/08/2021 às 9:29
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entrega nesta segunda-feira (9) à Câmara dos Deputados a Medida Provisória (MP) que cria o novo programa social do seu governo para substituir o Bolsa Família, considerado pelo governo um benefício ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Apesar de o texto ser enviado ao Congresso nesta segunda, o valor a ser pago a quem estiver inscrito no Auxílio Brasil, como foi batizado o programa, só será definido no final do ano.

Segundo o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, para fechar o valor, o Planalto vai esperar os deputados e senadores aprovarem medidas que viabilizem o pagamento do maior montante possível. Essa foi a solução encontrada diante de divergências dentro do governo sobre o tema.

Isso porque a ala política da gestão Bolsonaro defende abertamente que o programa pague um benefício de R$ 400. Por outro lado, a equipe econômica liderada pelo ministro Paulo Guedes diz que hoje há espaço no Orçamento da União para se pagar um valor de apenas R$ 300 sem estourar o teto dos gastos públicos.

Bolsonaro garante R$ 300

O presidente da República já chegou a falar num benefício de R$ 400, o que representaria um aumento superior a 100% em relação ao valor máximo médio pago hoje pelo Bolsa Família, que é de R$ 192. No entanto, o mandatário afirmou que o garantido, até agora, é um aumento de 50%, o que elevaria o benefício para R$ 300.

Para viabilizar o valor do benefício, Bolsonaro vai entregar hoje também ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), às 10h30, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para parcelar o pagamento de precatórios e criar um fundo com recursos de privatização a ser destinado para aumentar o valor do futuro Auxílio Brasil.

Bolsonaro aposta no novo programa para recuperar sua competitividade eleitoral. Hoje, ele perderia a disputa, aliados do presidente, porém, defendem que o Auxílio Brasil e uma recuperação da economia vão garantir uma melhora na popularidade presidencial. Por isso, a ala política trabalha por um valor maior para o novo programa social.

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