ELEIÇÕES

PT de Pernambuco diz a Lula que pode fazer aliança se isso ajudar disputa presidencial

Presidente do PT, Doriel Barros, disse que se houver coligação, sigla espera ter papel de protagonismo

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Paulo Veras

Publicado em 15/08/2021 às 19:53
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Numa reunião com o ex-presidente Lula (PT) na tarde deste domingo (15), o PT de Pernambuco afirmou que a sigla está disposta a abrir mão de uma candidatura própria e se aliar ao PSB, se essa for a melhor estratégia para que ele tenha mais votos na corrida presidencial. Foi o que afirmou o presidente estaudal do PT, Doriel Barros, ao JC, após o encontro, que reuniu todas as principais lideranças da agremiação no Estado.

"O que for melhor para garantir o voto em Lula, seja ter candidatura própria ou integrar uma frente, nós vamos construir. Óbvio que sem abrir mão do nosso crescimento no Estado. Mas o resultado nacional é a prioridade", garantiu Doriel.

O presidente estadual do PT voltou a afirmar, ainda, que se a sigla vai "buscar protagonismo em 2022, mesmo que seja dentro de uma coligação".

Questionado pelo JC se isso representaria compor a chapa majoritária, Doriel explicou que esse protagonismo "pode ser ter espaço na majoritária, como pode ser participar ativamente de um projeto para Pernambuco e ajudar a implementar esse projeto". Segundo ele, o PT não trabalha apenas pensando na eleição, mas em "participar do governo, seja na cabeça ou como parte de uma aliança". O petista ainda lembrou que as siglas aliadas vão esperar o mesmo do PT, caso Lula volte ao Palácio do Planalto.

A estratégia estadual também passa por ampliar as bancadas estadual na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, lembrou Doriel.

Em busca de apoio

Na reunião, Lula disse que ainda evita se colocar como candidato, mas que está construindo, dialogando e criando as condições para que o PT possa disputar. "É preciso construir com as forças de outros partidos. Não depende só dele e do PT. Depende do povo brasileiro querer que ele seja presidente", afirmou Doriel.

Em sua esplanação, Lula também teria criticado o governo Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o presidente estadual do PT, ele se referiu ao governo atual como incompetente e atribuiu a Bolsonaro o abandono dos projetos da Refinaria Abreu e Lima e do Estaleiro Atlântico Sul, ambos situados no Porto de Suape. Segundo o ex-presidente da República, essas iniciativas poderiam ser focos de desenvolvimento e de geração de empregos no Estado.

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