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Centrão tenta convencer Bolsonaro a recuar do pedido de impeachment de membros do Supremo

No sábado (14), Bolsonaro disse que levaria ao Senado um pedido para instaurar um processo contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF

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Cássio Oliveira

Publicado em 17/08/2021 às 9:00 | Atualizado em 17/08/2021 às 9:09
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Em meio a um possível agravamento da crise política no País, líderes políticos de partidos do chamado 'Centrão' estão tentando evitar que o presidente da República, Jair Bolsonaro, leve adiante o pedido de impeachment de membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A interlocução com o Palácio do Planalto está sendo feita por intermédio dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), segundo reportagem do UOL.

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Bolsonaro publicou no sábado (14), em suas contas em redes sociais, que levará ao Senado um pedido para instaurar um processo contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF.

O presidente afirmou que os dois magistrados “extrapolam com atos os limites constitucionais”. “Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais”, escreveu.

A reação de Bolsonaro ocorre após Moraes autorizar a prisão preventiva de Roberto Jefferson (PTB-RJ), aliado do presidente, pela Polícia Federal (PF). O ministro do Supremo acusou o ex-deputado de participar de uma suposta milícia digital em ataques às instituições democráticas – montada, principalmente, para atacar as eleições de 2022.

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Enquanto a cúpula do centrão tenta apaziguar os ânimos, o UOL informa que o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho mais velho do presidente, tenta articular nos bastidores um apoio na própria base aliada ao possível evento de entrega dos documentos e conta com o apoio do colega bolsonarista Marcos Rogério (DEM-RO).

Outro filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) endossou no sábado a declaração do pai e afirmou que Barroso e Moraes implantam uma ditadura por meio de decisões judiciais arbitrárias. Mesmos parlamentares governistas têm evitado apoio explícito a Bolsonaro nesse caso, já que entendem que uma disputa com o STF "não é produtiva" para nenhum dos senadores.

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