Brasília

Senador do PT compara depoente na CPI da Covid a bolo de rolo: 'São tantos rolos que envolvem vossa senhoria'

Rogério Carvalho estava com um pacote do doce, que é patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco, em sua bancada na sala de sessão da comissão

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Renata Monteiro

Publicado em 15/09/2021 às 17:25 | Atualizado em 15/09/2021 às 17:27
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Uma situação inusitada chamou a atenção de quem acompanhava a sessão desta quarta-feira (15) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Líder do PT no Senado, Rogério Carvalho levou um bolo de rolo para o depoimento de Marconny Faria e comparou o doce típico de Pernambuco com o suposto lobista da Precisa Medicamentos.

"O senhor mais parece um bolo de rolo, do que mesmo um personagem a depor. Porque são tantos rolos que envolvem vossa senhoria", disparou o parlamentar, mostrando o bolo para o depoente.

Mais adiante, Carvalho voltou a usar a iguaria, que é patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco, como exemplo, desta vez para criticar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "O que nós estamos vendo hoje no governo do presidente Jair Bolsonaro? Um bolo de rolo. Sabe o que significa isso? Bolo de rolo? É só rolo de todos os tipos em todas as frentes. (...) É muito bolo de tanto rolo, chega a se embolar neste governo, que era o governo da moralidade e hoje é o governo da corrupção e da morte", declarou o petista.

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Durante a sessão desta quarta da CPI, o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede), que foi o responsável pelo requerimento de convocação do advogado Marconny Faria, afirmou que o Senado está investigando a possível existência de um mercado interno no Ministério da Saúde que trabalharia para facilitar compras públicas e beneficiar empresas.

Segundo informações publicadas pelo jornal Estado de Minas, a comissão teve acesso a mensagens trocadas por Faria com o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Ricardo Santana, onde eles mencionam que se conheceram na casa de Karina Kufa, advogada de Bolsonaro. Eles também teriam conversado sobre a contratação de 12 milhões de testes de covid-19 entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos.

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