Previdência

Câmara analisa proposta que permite municípios parcelarem débitos previdenciários em 240 parcelas

De acordo com o projeto de lei, o parcelamento valeria para dívidas previdenciárias com vencimentos até o dia 31 de dezembro de 2020

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Mirella Araújo

Publicado em 23/09/2021 às 14:55 | Atualizado em 23/09/2021 às 20:04
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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 15/2021, que determina aos municípios o parcelamento de seus débitos previdenciários em 240 parcelas, excepcionalmente em 2021, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (22). De acordo com o autor da proposta, o deputado federal Sílvio Costa Filho (Republicanos) o projeto irá auxiliar os municípios a terem “fôlego fiscal” para que possam ampliar a capacidade de investimento.

Entre outras medidas, o acordo evita a retenção do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), recurso fundamental para o funcionamento das pequenas cidades em todo o País.

No texto, que será analisado por uma comissão especial e após 30 dias deverá ser encaminhado para votação no Plenário da Câmara, “os municípios poderão parcelar, excepcionalmente em 2021, todos os seus débitos e os de responsabilidade de autarquias e fundações municipais relativos às contribuições previdenciárias de que tratam as alíneas a e c do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, com vencimentos até 31 de dezembro de 2020”.

Também estão incluídas as contribuições que estão em fase de execução fiscal já ajuizada, inclusive os decorrentes do descumprimento de obrigações acessórias e aqueles que já tenham sido parcelados - estes serão obrigatoriamente unificados e parcelados em até 240 prestações mensais. “O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se comprometeu em instalar até a próxima semana, essa comissão especial que fará um debate suprapartidário, mas tenho certeza de que vamos avançar positivamente com esse projeto”, declarou Silvio Costa Filho.

Para o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e 1º secretário da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), José Patriota (PSB), a aprovação da PEC 15/21 é um avanço muito importante para os municípios.

“A retenção do FPM, devido às dívidas previdenciárias, desestabiliza totalmente as finanças da maioria das prefeituras. Daí a importância de um parcelamento que dê para ser cumprido”, disse o gestor.
 Ainda segundo José Patriota, a proposta atende a todos os municípios brasileiros. “ É uma luta da Amupe, da CNM, de todos que defendem os municípios cada vez mais fortes”, completou.

O texto também define que os débitos parcelados terão redução de 60% das multas de mora, de ofício e isoladas, de 80% dos juros de mora, de 60% dos encargos legais e de 50% dos honorários advocatícios. Neste caso, as parcelas mensais ficarão limitadas ao percentual de 2% aplicado sobre a média mensal da receita corrente líquida referente ao ano anterior ao do vencimento da parcela.

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