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Leia a íntegra do relatório final da CPI da Covid, que pede indiciamento de Bolsonaro e mais 65 pessoas

O texto, de 1180 páginas, pede indiciamentos de duas empresas e 66 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos políticos

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Amanda Azevedo, Agência Senado

Publicado em 20/10/2021 às 18:52 | Atualizado em 20/10/2021 às 23:07
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Após quase seis meses de trabalho, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou oficialmente, nesta quarta-feira (20), seu relatório à CPI da Covid. O documento, de 1180 páginas, pede indiciamentos de duas empresas e 66 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos políticos. Leia abaixo a íntegra do texto: 

Renan disse que está disposto a receber sugestões para "alterar e melhorar" o texto até a votação— que será nominal e ostensiva — prevista para a próxima terça-feira (26). Na mesma data também serão apresentados votos em separados de outros parlamentares.

O relator identificou 29 tipos penais e sugeriu o indiciamento de 66 pessoas, incluindo deputados, empresários, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Foram apontados ainda crimes cometidos por duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog.

Bolsonaro foi acusado formalmente de ter cometido nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.

Três filhos do presidente também constam no relatório: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), todos são alvos de pedido de indiciamento por incitação ao crime.

"Essa comissão colheu elementos de prova que demonstraram sobejamente que o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da pandemia, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa. Comprovaram-se a existência de um gabinete paralelo, a intenção de imunizar a população por meio da contaminação natural, a priorização de um tratamento precoce sem amparo científico, o desestímulo ao uso de medidas não farmacológicas. Paralelamente, houve deliberado atraso na aquisição de imunizantes, em evidente descaso com a vida das pessoas", disse Renan Calheiros.


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