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Senador volta atrás e desiste de feriado nacional em homenagem a Irmã Dulce; entenda motivo

Projeto de lei havia sido aprovado pela Comissão de Educação do Senado Federal

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Bruna Oliveira, Marcelo Aprígio

Publicado em 24/11/2021 às 8:20 | Atualizado em 24/11/2021 às 8:28
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Após a Comissão de Educação do Senado Federal aprovar um projeto de lei que previa um feriado nacional em homenagem à Santa Dulce dos Pobres, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), autor da proposta, voltou atrás e decidiu mudar a proposição.

Com a decisão, o projeto deixa de propor um feriado nacional para dar lugar a apenas um dia nacional em homenagem à Santa. Além disso, a data de homenagem também foi modificada. De acordo com o Senado, o relator fez a mudança para evitar impactos econômicos no País por causa de um novo feriado. Além disso, a modificação tem o objetivo de minimizar as possíveis dificuldades da aprovação do projeto.

Caso a proposta seja aprovada na Câmara dos Deputados, o dia 13 de agosto, não mais 13 de março, passará a ser o Dia Nacional de Santa Dulce dos Pobres. A data já é tradicionalmente o dia de homenagens a Santa Dulce na Bahia.

Trajetória da santa

Nascida em 1914 em Salvador, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, que ficou conhecida como "anjo bom da Bahia", enfrentou as rígidas regras de enclausuramento da Igreja Católica para prestar assistência a comunidades pobres de Salvador, trabalho que realizou até a morte, em 1992.

Foto: Acervo Obra Social Irmã Dulce
Irmã Dulce - Foto: Acervo Obra Social Irmã Dulce

Ingressou na vida religiosa como noviça na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em São Cristóvão (SE). Em Salvador, passou a se dedicar a ações sociais. Em 1959, ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio e improvisou uma enfermaria para cuidar de doentes. Foi o embrião das Obras Sociais Irmã Dulce, que atualmente atende uma média de 3,5 milhões de pessoas por ano.

Irmã Dulce teve dois milagres reconhecidos pelo Vaticano. Em 2001, orações em seu nome teriam feito parar a hemorragia de uma mulher de Sergipe que padeceu por 18 horas após dar à luz o seu segundo filho. Em 2014, o maestro baiano José Maurício Moreira voltou a enxergar após 14 anos de cegueira.

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