Terrivelmente evangélico
Em vídeo, Michelle Bolsonaro chora, pula e faz oração após aprovação de Mendonça para o STF
Enquanto Mendonça abraça a mulher e os dois filhos, a primeira-dama bate palmas, pula e canta em línguas, prática chamada de glossolalia, que a religião considera um dom
A primeira-dama Michelle Bolsonaro estava ao lado de André Mendonça quando o Senado anunciou a aprovação da segunda indicação do presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira, 1. Um vídeo do momento postado em redes sociais mostra que Michelle e Mendonça exclamam "glória a Deus" e "aleluia" ao ouvirem o resultado.
Entre a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça e o anúncio no plenário, Mendonça ficou no gabinete do senador Luiz do Carmo (MDB-GO), da bancada evangélica. Além da primeira-dama, estavam familiares e integrantes da frente parlamentar evangélica, como o deputado Marco Feliciano (PL-SP), e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Enquanto Mendonça abraça a mulher e os dois filhos, a primeira-dama bate palmas, pula e canta em línguas, prática chamada de glossolalia, que a religião considera um dom. Depois, chorando, ela se junta à família de Mendonça no abraço enquanto os demais presentes passam a orar.
Indicado pelo presidente por ser "terrivelmente evangélico", o ex-ministro da Justiça foi aprovado pelo Senado por 47 votos a 32 para assumir a vaga deixada por Marco Aurélio Mello. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a indicação passou com um placar de 18 votos a 9. A corte marcou a posse para o próximo dia 16, às 16 horas.
Na quinta-feira, 2, Bolsonaro falou em transmissão ao vivo nas redes sociais, sobre a chegada de Mendonça à corte. "Mendonça tem seus compromissos comigo. Nada diferente de grande parte da vida dele enquanto Advogado-geral da União e Ministro da Justiça aqui do nosso governo", disse o presidente.
Apesar de ser pastor presbiteriano e ter relação próxima com Bolsonaro, Mendonça disse em sua sabatina que obedecerá à Constituição enquanto magistrado, e não a seus valores pessoais.