ministro-chefe da Casa Civil

Ciro Nogueira: 'tenho mil vezes mais identificação com Bolsonaro do que tinha com PT'

Antes aliado do PT no Nordeste, Ciro apoiou Fernando Haddad no segundo turno de 2018, mas foi nomeado ministro neste ano para melhorar a articulação do governo Bolsonaro com o Senado e o Centrão

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Estadão Conteúdo

Publicado em 21/12/2021 às 13:47 | Atualizado em 21/12/2021 às 14:29
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O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse, em entrevista ao vivo ao jornal Valor Econômico, que tem identificação muito maior com o presidente Jair Bolsonaro do que tinha com petistas. Antes aliado do PT no Nordeste, Ciro apoiou Fernando Haddad no segundo turno de 2018, mas foi nomeado ministro neste ano para melhorar a articulação do governo Bolsonaro com o Senado e o Centrão.

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"Tenho mil vezes mais identificação com o que pensa o presidente Jair Bolsonaro do que eu tinha com o PT. Estou muito mais leve e feliz de estar ao lado de um homem como Bolsonaro e estarei com ele em quantas eleições ele queira disputar", garantiu Nogueira

O ministro-chefe da Casa Civil também disse que recuperação econômica ganhará tração com ajuda do Auxílio Brasil de R$ 400 e, com isso, o cenário eleitoral será "totalmente diferente" até maio. "De acordo com pesquisas que eu tive acesso, 36% da população que não vota no Bolsonaro disse que votaria se a inflação cair e o emprego aumentar. Esses dois índices são claros que vão acontecer. Até maio o País estará na recuperação econômica e o cenário eleitoral estará completamente diferente da pesquisa", disse o ministro na entrevista Valor. "O presidente tem o que mostrar e teremos tempo de televisão para mostrar", ressaltou.

Ciro Nogueira também afirmou que o PT não deve ganhar as eleições na maioria dos Estados do Nordeste, onde o partido é forte, e que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, está "mais do que convencido" a disputar o governo de São Paulo.

Reformas

Durante a entrevista, o ministro-chefe da Casa Civil ainda fez uma cobrança pública para a tramitação da reforma tributária, paralisada no Senado, mas reconheceu as dificuldades de dar andamento à pauta em ano eleitoral. "Agora, é só a força popular As pessoas vão ter que explicar porque isso não está andando".

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