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Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões com comidas do avião da presidência, diz levantamento

"O presidente diz que é simples, come macarrão instantâneo e leite condensado, mas a realidade é outra", afirma o deputado Elias Vaz, que realizou o levantamento com a equipe com base em dados do Portal da Transparência

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Estadão Conteúdo

Publicado em 18/03/2022 às 15:14
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Desde o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 2019, até o último 10 de março, o Palácio do Planalto gastou R$ 2.599.696,46 com alimentação no avião presidencial. É o que indica levantamento elaborado pelo deputado federal Elias Vaz (PSB/GO) e sua equipe, com base em dados do Portal da Transparência.
Segundo o levantamento, em 2019, o gasto foi de R$ 851.159,36. Em 2020, a despesa chegou R$ 656.117,38. No ano seguinte, o valor foi de R$ 889.583,37. Em 2022, o montante despendido foi de R$ 202.836,37, até o último dia 10.
 
O parlamentar diz que vai apresentar à Câmara dos Deputados uma proposta de fiscalização e controle, solicitando auditoria do Tribunal de Contas da União. Além disso, também vai pedir à presidência o detalhamento e notas fiscais das despesas.
 
"O presidente diz que é simples, come macarrão instantâneo e leite condensado, mas a realidade é outra. É dinheiro público pagando a conta dos luxos do Bolsonaro em plena crise. É vergonhoso", afirma o deputado.
 
As informações sobre a 'comida de avião' estão ligadas a um contrato fechado entre a presidência da República e a International Meal Company Alimentação S/A para o fornecimento das refeições, lanches e petiscos, diz Vaz.
 
De acordo com o deputado, o acordo foi fechado em 2018 (governo Temer) e vem sendo prorrogado. Ele prevê o fornecimento de refeições prontas - como almoço, jantar e café da manhã - além de bebidas, salgados, sanduíches, castanhas, barras de cereais, frios, frutas, doces e gelo, indicou a equipe de Vaz.
 

COM A PALAVRA, A PRESIDÊNCIA

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a Secretaria da Presidência. Até a publicação deste texto, não havia recebido uma resposta. O espaço está aberto para manifestações.

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